O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, neste domingo (8), que a China derrubará suas barreiras comerciais "porque é a coisa certa a se fazer", expressando otimismo após a escalada na tensão entre as duas maiores economias do mundo afetar os mercados globais na última semana.
"As tarifas se tornarão recíprocas e um acordo será feito sobre a propriedade intelectual. Ótimo futuro para os dois países!", completou em uma postagem no Twitter.
O anúncio vem quatro dias depois de a China decidir elevar as tarifas de importação de mais de uma centena de produtos americanos, em retaliação à sobretaxa imposta pela gestão de Trump a artigos chineses de tecnologia, eletrônica e de transporte.
Trump disse ainda que ele e o presidente chinês, Xi Jinping, sempre serão amigos, "não importa o que aconteça com nossa disputa comercial".
Não há indicações, no entanto, de que Trump e Xi tenham tido conversas desde o início do conflito comercial, e nenhuma negociação formal entre os Estados Unidos e a China foi divulgada.
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse, também neste domingo, que existe o risco de uma guerra comercial entre os países, embora afirme não esperar por isso.
"Nossa expectativa é que não pensemos que haverá uma guerra comercial; nosso objetivo é continuar a discutir com a China... Não espero que haverá uma guerra comercial. Pode ser, mas não espero mesmo isso" disse ele ao programa Face The Nation, da CBS.
Mnuchin acrescentou que Trump e Xi Jinping têm uma relação muito próxima e que os Estados Unidos e a China continuarão a discutir questões comerciais.
Os dois países ameaçam-se mutuamente com dezenas de bilhões de dólares em tarifas nos últimos dias, e as autoridades chinesas disseram que este não é o momento para as negociações.
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