O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (26) que seu governo está completando o estudo sobre aumento das tarifas de importação de carros da União Europeia e sugeriu que vai tomar uma decisão em breve.
“Estamos finalizando nosso estudo de tarifas sobre carros da UE, pois há muito se aproveitam dos EUA na forma de barreiras comerciais e tarifas. No final, tudo será equilibrado —e não demorará muito tempo!”, escreveu Trump no Twitter.
Na sexta-feira, Trump ameaçou impor uma tarifa de 20% sobre todas as importações de carros montados no bloco europeu, um mês depois de seu governo ter iniciado uma investigação para determinar se as importações de automóveis representavam uma ameaça à segurança nacional.
A Aliança de Fabricantes de Automóveis, um grupo que representa General Motors, Toyota, Volkswagen e outras grandes montadoras, vai apresentar comentários por escrito alertando sobre os impactos das tarifas.
“Em todo o país, essa tarifa atingiria os consumidores norte-americanos com uma taxa de quase US$ 45 bilhões, com base nas vendas de automóveis de 2017. Isso anularia em grande parte os benefícios da reforma tributária (aprovada no final do ano passado)”, disse a porta-voz da entidade Gloria Bergquist. O custo repassado aos consumidores chegaria a US$ 5.800 por veículo, segundo os fabricantes.
O Departamento de Comércio dos EUA não comentou o assunto de imediato.
No sábado, um alto funcionário da Comissão Europeia disse que a UE responderá a qualquer movimento dos EUA para aumentar as tarifas sobre carros fabricados no bloco.
Os Estados Unidos atualmente impõem uma tarifa de 2,5% sobre os carros de passageiros importados da UE e uma tarifa de 25% sobre caminhonetes importadas. A UE impõe uma tarifa de 10% sobre a importação de carros norte-americanos.
Trump afirmou a montadoras durante uma reunião na Casa Branca em 11 de maio que estava planejando criar tarifas de 20% ou 25% sobre alguns veículos importados e criticou duramente o superávit comercial que o setor automotivo da Alemanha tem com os EUA.
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