'Não há orçamento para aumento do subsídio ao diesel', diz Ministério de Minas e Energia

Valor do subsídio dado a produtores e importadores do combustível deve ser mantido em R$ 0,30

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São Paulo

Apesar do reajuste no preço do diesel, o valor do subsídio dado a produtores e importadores do combustível deve ser mantido em R$ 0,30 por litro, disse nesta sexta (31) o secretário-executivo do MME (Ministério de Minas e Energia), Márcio Félix.

"Essa é uma pergunta que deve ser feita ao Ministério da Fazenda, mas pelo que sabemos, não há espaço no orçamento da União para colocar mais do que os R$ 9,5 bilhões que foram colocados no programa de subvenção", disse, em entrevista após leilão de contratos de petróleo do pré-sal.

Nesta sexta, para a comodar a variação cambial e das cotações externas, o preço foi reajustado, em média, em 13%.
Nesta sexta-feira, para a acomodar a variação cambial e as cotações externas, o preço foi reajustado, em média, em 13%. - Aloisio Mauricio/Folhapress

Com a alta do dólar e das cotações internacionais, a subvenção de R$ 0,30 não é mais suficiente para cobrir a diferença entre o preço de venda tabelado pelo governo e o valor de mercado do combustível.

Nesta sexta-feira, para a acomodar a variação cambial e as cotações externas, o preço foi reajustado, em média, em 13%. O novo valor, R$ 2,2964 por litro, é apenas R$ 0,0752 abaixo do recorde atingido no dia 23 de maio, ainda no início da greve dos caminhoneiros.

"Estamos vivendo um momento delicado no mundo, não só no Brasil. O câmbio está muito apreciado e o preço do petróleo também subiu", disse Felix. "O que foi prometido pelo governo, o governo cumpriu."

Para encerrar a paralisação dos caminhoneiros, o governo Temer garantiu o subsídio de R$ 0,30 por litro e corte de R$ 0,16 por litro na carga tributária do diesel.

O preço ficou congelado desde o fim de maio. Nesta sexta-feira, se inicia nova etapa do programa de subvenção, com o uso de uma fórmula diferente para o cálculo do preço do diesel, que o aproxima do valor de importação do combustível.

O novo preço terá validade de 30 dias e será revisto novamente ao fim desse prazo. "Pode ser que lá na frente caia de novo", disse Félix, ressaltando que depende da evolução do câmbio e das cotações internacionais.

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