A japonesa Modec informou nesta quinta (29) que os danos no caso do navio plataforma Cidade do Rio de Janeiro ficaram estáveis desde a última inspeção, na quarta (28). A inclinação da embarcação também permaneceu estável em relação ao dia anterior.
Os danos ao casco foram detectados na sexta (23), gerando vazamento de 7,8 mil litros de óleo no mar. A embarcação tem em seus tanques outros 450 mil litros de óleo diesel e 169 mil litros de borra oleosa, que poderiam vazar em caso de naufrágio.
O Cidade do Rio de Janeiro está instalado no campo de Espadarte, a 130 quilômetros do litoral fluminense, onde presta serviços para a Petrobras. Está fora de operação desde julho de 2018, sendo preparada para deixar o local após a desconexão de dutos e sistemas de ancoragem.
No fim de semana, a Modec desembarcou todos os 107 tripulantes. Atualmente, equipes de uma empresa especializada trabalham para reduzir o volume de óleo remanescente nos tanques - que não foram afetados pelos danos - e prosseguir com a remoção do navio.
Segundo a empresa, a mancha de óleo na região foi reduzida e embarcações continuam trabalhando na limpeza e dispersão. O óleo vazou do tanque danificado —segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), os danos ocupam uma área de 25 metros de comprimento por 3 de largura.
"Os danos à lateral do navio não progrediram e permaneceram estáveis em comparação com a última análise, ainda confinados a um único tanque", disse a Modec em nota divulgada nesta quinta. Segundo a empresa, a prioridade inicial foi "prestar suporte imediato que garantisse a segurança das pessoas e preservasse o meio ambiente"
O Cidade do Rio de Janeiro é uma plataforma do tipo FPSO (sigla em inglês para unidade de produção, armazenagem e transferência de petróleo e gás) e é parte de uma lista de unidades antigas que serão desativadas pela Petrobras porque as áreas onde operam já não produzem volumes comerciais.
Em janeiro, o Cidade do Rio de Janeiro já havia sido responsável por outro vazamento, de 1,4 mil litros de óleo. Na ocasião, a Petrobras disse que a Modec tomou todas as providências necessárias para cessar a fonte do vazamento.
A ANP implantou uma sala de crise, em conjunto com Marinha e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) para acompanhar a situação.
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