Azul tem prejuízo de R$ 946 milhões no 4º trimestre

Prejuízo reverteu lucro de R$ 543,4 milhões no mesmo período do ano anterior

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São Paulo | Reuters

A Azul registrou prejuízo líquido no quarto trimestre pressionado por despesas financeiras, embora o resultado operacional tenha superado as previsões de analistas.

O prejuízo líquido da companhia foi de R$ 945,7 milhões no quarto trimestre, revertendo lucro de R$ 543,4 milhões no mesmo período do ano anterior. Em termos ajustados, o prejuízo líquido recuou 52,5% de outubro a dezembro sobre um ano antes, para R$ 436 milhões.

A expectativa média de analistas que acompanham a empresa era de prejuízo de R$ 397,8 milhões no período, segundo dados da Refinitiv.

Avião da Azul se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro - Sergio Moraes - 21.mar.2021/Reuters

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 432,5% frente ao quarto trimestre do ano anterior, para R$ 1,027 bilhão, acima do consenso do mercado de R$ 763,5 milhões.

A receita líquida somou R$ 3,73 bilhões no trimestre, avanço de 109,1% ante igual período de 2020, com elevação na receita de passageiros, impulsionada pela retirada de restrições relacionadas à pandemia, e de cargas.

O setor aéreo vem enfrentando crises desde o início da pandemia. No começo deste ano, a variante ômicron do coronavírus impôs mais um obstáculo para as companhias aéreas, que cancelaram centenas de voos por afastamento de parte da tripulação, contaminada com Covid-19.

A Azul está entre as empresas afetadas. Em parte de janeiro, ela manteve uma média de 10% dos seus voos impactados no dia, cerca de 90 voos. O Procon-SP chegou a notificar as companhias aéreas para que informassem o número de voos cancelados.

Na época, para tentar minimizar o impacto, a Azul propôs proposta da empresa de reduzir o número de folgas de pilotos e comissários de bordo nos meses de fevereiro e março em troca de um vale-alimentação mensal de R$ 463,21, o que foi rejeitado pelos funcionários. A situação da companhia aérea era a mais crítica: a empresa já trabalhava com 100% da sua capacidade.

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