Novo episódio da guerra do streaming, tributação no metaverso e o que importa no mercado

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Novo episódio na guerra do streaming

A Disney+ ultrapassou, pela primeira vez, a Netflix em número de novos assinantes em um trimestre. O marco dá a largada para uma nova fase da guerra do streaming, com a líder do segmento cada vez mais ameaçada pelas rivais.

Em números:

  • A Disney+, que considera também os serviços ESPN+ e Hulu na base de assinantes, somou 11,8 milhões de novos usuários de outubro a dezembro de 2021. No total, chegou a 129,8 milhões de assinantes.
  • A Netflix ainda lidera com folga com seus 222 milhões de assinantes, mas viu sua base crescer 8,3 milhões no último trimestre e ainda rebaixou suas projeções, o que fez suas ações tombarem após o resultado.
Logo da plataforma de streaming Disney+, com letras em branco e o fundo azul
Logo da plataforma de streaming Disney+, que superou pela primeira vez a Netflix no número de novos assinantes em um trimestre - Nick Agro/AFP

Por que importa: esse é mais um episódio de uma guerra que esquentou bastante nos últimos anos, quando os serviços de streaming passaram a investir pesado em novas produções e em fusões e aquisições.

E aqui? A guerra do streaming também tem seus efeitos no Brasil, com as plataformas tirando astros da Globo para se fortalecer no país.


Tributação no metaverso

O metaverso pode ainda estar longe de se tornar popular, mas já tem gente ganhando dinheiro com isso. Entre os ativos mais procurados, estão os terrenos virtuais. Como é a tributação para esses casos?

Entenda: no ambiente que mistura as realidades física e virtual, os "imóveis" digitais têm atraído a atenção de usuários e também de marcas.

Negociados por meio de criptomoedas –principalmente a ether, da plataforma ethereum– a valorização desses ativos está sujeita ao IR, mesmo que o investidor venda uma cripto para comprar outra.

Por enquanto, a Receita tem uma regra uniforme para declaração e taxação de ganho de capital com criptoativos, que vale tanto para bitcoins como para NFTs, por exemplo: o lucro obtido é tributado como ganho de capital, segundo alíquotas progressivas, quando o total vendido for superior ao limite de isenção mensal de R$ 35 mil.

Dúvidas de contribuintes sobre metaverso e criptomoedas
Ilustração Catarina Pignato

Os terrenos no metaverso: esses ativos funcionam como NFTs, que certificam ao usuário a propriedade de determinado ativo. Esses "imóveis" já foram vendidos por milhões de dólares. Hoje, os principais ambientes do metaverso são The Sandbox, Decentraland, CryptoVoxels e Somnium Space.

Entre as empresas, recentemente o McDonalds pediu registros de suas marcas para criar restaurantes virtuais no metaverso. A ideia, segundo a Insider, é que o usuário possa pedir o lanche no ambiente virtual e recebê-lo em casa.

Mais sobre mundo cripto:


Criptocasal e o 'assalto do século'

Na terça-feira (8), o casal Heather Morgan, 31, e Ilya Lichtenstein, 34, foi preso acusado de tentar lavar mais de US$ 3,6 bilhões (R$ 19 bilhões) em bitcoins roubados.

Veja o que se sabe até agora sobre a dupla suspeita de estar envolvida no que está sendo caracterizado como o "assalto do século", história que deverá virar uma produção da Netflix.

O caso: em 2016, hackers invadiram os sistemas da plataforma Bitfinex e roubaram cerca de 120 mil bitcoins, que na época valiam US$ 71 milhões. Com a valorização da cripto, hoje essa quantidade vale mais de US$ 4,5 bilhões (R$ 23,6 bilhões).

  • Segundo as autoridades americanas, o casal converteu cerca de US$ 2,9 milhões (R$ 15,2 milhões) de bitcoins em moeda fiduciária, mas 80% das criptos estão em contas associadas a eles.
  • As denúncias específicas de lavagem de dinheiro feitas pelo governo envolvem quantias pequenas, incluindo a compra de um vale-presente de US$ 500 (R$ 2.620) do Walmart.

Quem é quem:

  • Heather Morgan: ela se autoproclama uma "empreendedora serial, investidora [em software] e artista/rapper surrealista" e foi autora de colunas na Forbes americana. No rap, canta com o nome de Razzlekhan.
  • Ilya Lichtenstein: um fã dedicado de Morgan, fez a proposta de casamento com a compra de vários outdoors de Razzlekhan na Times Square. É sobre ele que estão concentradas as denúncias de lavagem de dinheiro.

Samson Enzer, advogado do casal, argumentou em um documento na quarta-feira (9) que há "buracos significativos no caso do governo contra eles". Ele ainda pediu fiança alegando que o casal não apresentava risco de fuga porque seus embriões congelados estavam em um hospital de Nova York.


É hora de comprar dólar?

A cotação do dólar em real atingiu a mínima em cinco meses na última semana, quando fechou em R$ 5,226 na quinta-feira (10).

A valorização recente da moeda brasileira ressurge com a dúvida de quem tem uma viagem ao exterior marcada: é hora de comprar dólar?

Depende. A recomendação é de que o viajante planeje a compra de quantias iguais em intervalos regulares do momento da compra da passagem até o embarque, para atingir o chamado preço médio. Dessa forma, ele não corre o risco de adquirir a moeda quando ela estiver na máxima de um determinado período.

  • As indicações vão por esse caminho porque é muito difícil prever a cotação do dólar, ainda mais no curto prazo. A taxa de câmbio é afetada por muitas variáveis, desde as incertezas políticas e fiscais no Brasil até crises externas.
  • Um exemplo foi o alerta dos EUA sobre o risco de uma iminente invasão russa à Ucrânia, na última sexta (11), que fez o dólar sair do preço de R$ 5,18 para em poucas horas fechar o dia em R$ 5,24.

O que explica: a recente valorização do real foi puxada pelo grande fluxo de dólares no país por parte dos investidores internacionais, com uma visão de que a Bolsa brasileira está barata, em especial as ações de empresas de commodities e bancos.

Mas o movimento é analisado com ressalva por agentes do mercado, que veem como um fluxo em busca de lucro no curto prazo enquanto as Bolsas lá fora estão no vermelho.

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