Amigo íntimo de Vladimir Putin, o bilionário ucraniano Viktor Medvedchuk não é visto com bons olhos em várias esferas da sociedade ucraniana há algum tempo, sobretudo por apoiar a influência russa no seu país. Tal sentimento se acentuou depois que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro e, desde então, o magnata se escondeu.

Ao longo dos anos, Medvedchuk tornou-se o confidente mais próximo de Putin na Ucrânia. Atualmente, ele é chefe da organização política pró-russa Escolha Ucraniana e um oponente da adesão do país à União Europeia, além de apoiar os rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia.

Medvedchuk chegou a ser mencionado na mídia global como um possível candidato a presidente de um governo fantoche russo, caso eles tivessem sido bem-sucedidos em invadir Kiev. A Ucrânia chegou a colocá-lo em prisão domiciliar, mas ele conseguiu escapar.

Em sua escapada, no entanto, Medvedchuk teve que deixar algo valioso para trás: o seu jato executivo Gulfstream G650 (registro T7-GEM), que foi confiscado pela Ucrânia. O jato particular fica estacionado no aeroporto de Kiev-Zhuliany.

Nos últimos dias, publicações de pessoas ligadas as forças de defesa da Ucrânia em redes sociais indicam que o jato executivo ganhou um novo emprego. Em uma delas, Oleksiy Danilov , secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, disse que o jato "terá boa serventia para o país".

Ele explicou o que queria dizer com isso. "Se os russos não desistirem de suas intenções suicidas, o Gulfstream será a primeira coisa que eles encontrarão", disse ele, indicado que o jato foi colocado em plena pista do aeroporto executivo, como uma espécie de barricada para evitar tentativas de pouso russas ou mesmo para que seja bombardeado.

Nas fotos, publicadas no Twitter, membros do exército posam ao lado da aeronave, já estacionada na pista do aeroporto.