Descrição de chapéu Banco Central

Valores a receber: greve no Banco Central adia consulta a novo lote

Servidores do BC decidem retomar greve a partir desta terça (3)

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Brasília

A greve dos servidores do Banco Central fez o órgão adiar o início das consultas ao novo lote de dinheiro esquecido em bancos e outras instituições financeiras, que começaria nesta segunda-feira (2). A previsão é liberar mais R$ 4 bilhões aos brasileiros nessa segunda etapa do SVR (Sistema de Valores a Receber).

Insatisfeitos com a proposta de reajuste salarial de 5% e sem avanço nas negociações, os servidores do Banco Central aprovaram, em assembleia realizada na última sexta (29), a retomada da greve por tempo indeterminado a partir desta terça (3). A greve, que durou de 1º a 19 de abril, havia sido suspensa por duas semanas.

Mesmo quem não tinha dinheiro esquecido na primeira etapa do SVR ou encontrou apenas centavos poderá ter valores a receber neste novo lote. Haverá devolução de tarifas e parcelas de crédito cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC, contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível, dentre outras situações.

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Brasileiros têm resgatado centavos no Sistema Valores a Receber - Gabriel Cabral/Folhapress


Segundo a autoridade monetária, a mobilização dos servidores prejudicou o cronograma de desenvolvimento das melhorias da ferramenta. "A nova data será comunicada com a devida antecedência", disse o BC em nota.

Em seu site, o Banco Central informa que as consultas estão "temporariamente suspensas para aprimoramento" e que em breve divulgará a data de reabertura do sistema para novas consultas e resgate dos saldos existentes, além de informações sobre valores de falecidos.

A primeira fase de resgate do dinheiro esquecido teve início no dia 7 de março e foi encerrada em 16 de abril, na última repescagem. Os valores eram provenientes de contas-correntes ou poupanças encerradas com saldo disponível ou recursos de consórcios esquecidos, por exemplo.

Na etapa inicial, foram disponibilizados aproximadamente R$ 3,3 bilhões para pessoas físicas, beneficiando 27,3 milhões de CPFs. Entre pessoas jurídicas, eram 2 milhões de CNPJs beneficiados, somando ao todo cerca de R$ 4 bilhões liberados.

Até o dia 5 de abril, foram distribuídos mais de R$ 295 milhões a 3,3 milhões de pessoas físicas e 15,8 mil empresas. Enquanto a maioria dos brasileiros encontrou centavos na hora do resgate, um cliente sacou R$ 1,625 milhão, outro descobriu R$ 1,155 milhão de saldo remanescente.

Valores que serão liberados na segunda etapa

Na segunda fase, está prevista a liberação de mais R$ 4 bilhões aos brasileiros. Mesmo quem já fez a consulta na primeira etapa não encontrou valores ainda pode ter algo a receber. Além disso, não haverá necessidade de agendamento prévio.

A partir da segunda etapa, serão disponibilizadas novas fontes de recursos:

  • Tarifas cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC

  • Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC

  • Contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível

  • Contas de registro mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e por sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários para registro de operações de clientes encerradas com saldo disponível

  • Entidades em liquidação extrajudicial

  • Recursos não recolhidos do FGC (Fundo Garantidor de Crédito)

  • Recursos não recolhidos do FGCoop (Fundo Garantidor de Crédito do Cooperativismo de Crédito)

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