Descrição de chapéu União Europeia

G7 quer investir US$ 600 bilhões em infraestrutura mundial, diz Biden

Dinheiro deve ser destinado a nações em desenvolvimento, especialmente a países da África e da América

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Castelo de Elmau, Alemanha | AFP

Os países do G7 lançaram um grande programa de investimento de 600 bilhões de dólares (cerca de R$ 3,1 trilhões) para as nações em desenvolvimento, destinado a responder às grandes obras financiadas pela China, anunciou neste domingo (26) o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

"Com os parceiros do G7, buscamos mobilizar 600 bilhões de dólares até 2027 para investimentos globais em infraestrutura", declarou a Casa Branca pouco antes de um discurso de Biden,no qual ele apresentou essa proposta, durante a cúpula dos sete países mais industrializados do mundo no sul da Alemanha.

Líderes do G7, da esquerda para a direita: Mario Draghi, primeiro-ministro da Itália; Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia; Joe Biden, presidente dos EUA; Olaf Scholz, chanceler alemão; Boris Johnson, primeiro-ministro britânico; Justin Trudeau, pirmeiro-ministro do Canadá; Fumio Kishida, primeiro-ministro do Japão; Emmanuel Macron, presidente da França; e Charles Michel, presidente do Conselho Europeu - Markus Schreiber/Reuters


A "Associação Mundial para Infraestrutura" (Partnership for Global Infrastructure) deve, segundo a mesma fonte, "fornecer infraestrutura sustentável de qualidade".

O G7 "estabeleceu como ambição fazer no mundo uma melhor oferta em matéria de investimento em infraestrutura", ressaltou o chanceler alemão Olaf Scholz, que apresentou o projeto ao lado do presidente americano.

Os Estados Unidos prometeram "mobilizar" cerca de "200 bilhões de dólares" (cerca de R$ 1 trilhão) em cinco anos para esse programa. Mas essa palavra, "mobilizar", não significa que os Estados aportarão essas enormes quantias.

Os países do Ocidente desejam se destacar em relação à China, que investiu maciçamente em muitos países para construir infraestruturas através do programa chamado de "Novas Rotas da Seda" e para garantir acesso a algumas matérias-primas.

A China é acusada de realizar projetos através de empréstimos pouco vantajosos, ou francamente perigosos, que agravarão os problemas de endividamento dos países mais vulneráveis.

A ofensiva de Pequim "existe há alguns anos e se traduz por muitos investimentos em dinheiro e investimentos múltiplos", disse neste domingo um alto responsável da Casa Branca. "Mas ainda não é tarde", assegurou em relação à iniciativa do G7.

"A África Subsaariana será claramente uma prioridade maior" da associação lançada pelo G7, acrescentou o alto responsável americano.

Além disso, garantiu que a América Central, o Sudeste Asiático e a Ásia Central são também "regiões bastante importantes".

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