Brasileiro na chefia do BID, a startup que aposta nos imóveis para baixa renda e o que importa no mercado

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O primeiro brasileiro no comando do BID

Ilan Goldfajn, ex-presidente do BC entre 2016 e 2019, foi eleito neste domingo (20) como presidente do BID (Banco Interamericano do Desenvolvimento). Ele será o primeiro brasileiro a comandar a instituição.

Sua candidatura teve 80% dos votos e apoio de 26 países, disputando com quatro outros nomes. Na reta final, a Argentina retirou a sua indicação para apoiar o brasileiro.

Quem é Ilan: nascido em Israel e filho de brasileiros, é formado em economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro, com doutorado pelo MIT, nos EUA.

Indicação turbulenta: seu nome foi escolhido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Após a eleição, porém, houve pressão contra o brasileiro por parte do PT, que queria sugerir outra pessoa.

Em entrevista à Folha, o novo presidente do BID disse que vai ouvir todos, que sua plataforma coincide com a do governo eleito e que não se deve desperdiçar o momento histórico.

O ex-presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn - Ueslei Marcelino - 22.jan.2019/REUTERS

Repercussão: a eleição foi recebida com otimismo pela maior parte dos economistas ouvidos pela Folha ou que se manifestaram em suas redes sociais.

Para que serve o BID? Com sede em Washington (EUA), financia projetos de desenvolvimento econômico, social e institucional na América Latina e no Caribe.

  • Entenda aqui como funciona a instituição e qual a importância de ter um brasileiro na presidência.

Startup da Semana: Approva Fácil

O quadro "Startup da Semana" traz às segundas o raio-x de uma startup que recebeu aporte recentemente.

A startup: fundada em 2021, no Rio, a proptech (startup do mercado imobiliário) conecta em sua plataforma corretores, construtoras e bancos a clientes em busca de imóveis do segmento econômico, seu foco de atuação.

Em números: a Approva Fácil anunciou na última semana ter recebido um aporte de R$ 19 milhões em uma rodada seed (entenda aqui as etapas de investimento em startups).

Quem investiu: o aporte foi liderado pela gestora de venture capital Terracotta Ventures, especializada em negócios digitais no mercado imobiliário.

Que problema resolve? O objetivo da Approva Fácil é atrair corretores a um segmento pouco visado: o de imóveis econômicos, para um público com renda familiar entre R$ 1,8 mil até R$ 12 mil, considerado a base da pirâmide desse mercado.

  • Para atingir o objetivo, aposta na digitalização de todas as etapas da transação do imóvel em seu marketplace.
Condomínio Residencial Miguel Costa, do programa Minha Casa, Minha Vida, em Osasco - Rubens Cavallari - 23.abr.2019/Folhapress

Por que é destaque: além de a startup ter registrado uma das maiores captações no Brasil na última semana, o aporte chama a atenção por ser em uma proptech de pouca idade (um ano) e voltada a um segmento que tende a sentir mais o peso dos juros nos patamares atuais.

Mais números: com 20 mil unidades em seu marketplace, a Approva Fácil quer aproveitar o aporte para entrar no mercado paulista, o maior do país.

  • Outro objetivo é multiplicar por cinco o VGV (valor geral de vendas) dos imóveis disponíveis em sua plataforma –dos atuais R$ 4 bilhões para R$ 20 bilhões.

A semana em resumo

Foram 15 rodadas de captação na América Latina, com US$ 51,8 milhões (R$ 277 milhões) em investimentos. O maior no período foi o da fintech argentina Ping, em um seed de US$15 milhões (R$ 80 milhões).

Os dados foram fornecidos pela plataforma Sling Hub.


Koo: 'novo Twitter' causa frisson e gera piadas

Aproveitando a tensão dos usuários do Twitter enquanto a plataforma perdia centenas de funcionários, a rede social indiana Koo passou a sexta (18) tuitando em português.

  • A rede, que atraiu órfãos e perfis influentes do Twitter –Felipe Neto, Claudia Leitte e Casimiro– foi alvo de vários trocadilhos com seu nome.
  • Em uma série de tuítes, o Koo prometeu tradução do produto para o português e também entrou na onda: "o nome é o som do passarinho amarelo [símbolo da rede], não o que você pensa".
  • Lançada em março de 2020, a plataforma recebeu notoriedade na Índia no ano seguinte, quando o Twitter enfrentou uma crise com o governo local, do primeiro-ministro Narendra Modi.

Elon Musk em apuros: depois do ultimato que fez centenas de funcionários deixarem o Twitter, o bilionário passou a última sexta enviando uma enxurrada de emails aos remanescentes.

  • "Qualquer um que realmente programe software, por favor, apresente-se no 10º andar às 14h hoje", escreveu ele em uma mensagem de dois parágrafos.
  • A Copa do Mundo, cuja abertura foi neste domingo, será um teste de fogo para a plataforma desfalcada de mão de obra –o evento costuma aumentar o tráfego da rede.

Durante o fim de semana, Musk aproveitou para anunciar que estava tirando a suspensão de alguns perfis da rede.

Opinião: A bagunça que se tornou a aquisição do Twitter por Musk é símbolo de um buraco profundo no setor de tecnologia, escreve o colunista Ronaldo Lemos.


Pé no freio com os títulos pré-fixados

Apesar de o país possuir uma das maiores taxas de juros reais (juro nominal menos inflação) no mundo, os gestores não têm demonstrado muito apetite pelos títulos de renda fixa.

O que explica: a recente piora dos indicadores financeiros, principalmente no mercado de juros futuros, com a apresentação da PEC da Transição.

  • A relação entre o mercado de juros futuros com os títulos de renda fixa é que os investidores passaram a apostar em novas altas da Selic em 2023, o que deve ampliar a rentabilidade –e reduzir os preços– dos títulos.

Quais as alternativas? Para proteger os investimentos da inflação, uma opção são os títulos atrelados ao IPCA, com vencimento de médio prazo –como em 2026–, destaca Marcello Negro, diretor da Fator Administração de Recursos.

  • Na sexta, uma opção no Tesouro Direto (títulos do governo) com esse prazo era o IPCA +6,15% ao ano.
  • Os títulos prefixados com vencimento em 2025 ofereciam uma taxa de juro nominal (sem considerar a inflação) de 13,7% ao ano.

Mais sobre investimentos:

  • O Natal é logo ali. Que tal comprar um shopping? O colunista Marcos de Vasconcellos afirma que os papéis do setor nunca se recuperaram de 2020, enquanto as redes passam por bons momentos.
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