CNT pede atuação da Polícia Federal e apreensão de caminhões

Confederação quer que PF identifique lideranças e empresas envolvidas em organização

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Brasília

A CNT (Confederação Nacional dos Transportes) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira (1º) que a PF (Polícia Federal) identifique os "líderes e principais proprietários" dos veículos usados na interdição de rodovias.

A suspeita é de participação de empresários na organização dos protestos de cunho golpista que contestam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apoiadores de Bolsonaro, em sua maioria caminhoneiros, bloqueiam a BR-101 em Palhoça (SC) - Anderson Coelho - 31.out.2022/AFP


Nesta segunda (31), o ministro Alexandre de Moraes determinou que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e as Polícia Militares identifiquem os caminhões e apliquem multa de R$ 100 mil por hora. A CNT argumenta que a atuação da PF pode tornar a decisão de Moraes mais efetiva.

A confederação também quer que o ministro autorize as polícias a apreenderem os veículos por "estarem servindo como instrumento de crime contra o Estado Democrático de Direito". A entidade requer, por fim, que as empresas identificadas na organização dos bloqueios tenham suas garagens lacradas.

"As medidas a serem adotadas devem se ater a restaurar a ordem pública, superar a omissões de autoridades públicas e responsabilizar aqueles que atuam contra a democracia brasileira", escreveu a entidade no pedido enviado ao Supremo.

A decisão liminar de Moraes foi avaliada pelo plenário virtual do STF e confirmada pela maioria dos ministros minutos depois, de madrugada. Nesta terça, o ministro afirmou que os policiais militares podem atuar "independentemente do lugar", inclusive em rodovias federais.

Após a decisão, governadores de ao menos seis estados determinaram a liberação das estradas. Os bloqueios já afetam o setor de carnes e leite, além do abastecimento de supermercados e postos de combustíveis.

Nesta segunda, a CNT afirmou em nota que é contra "esse tipo de intervenção" em rodovias e que respeita o direito de manifestação de todo cidadão, desde que ele não prejudique o direito de ir e vir das pessoas.

"Além de transtornos econômicos, paralisações geram dificuldades para locomoção de pessoas, inclusive enfermas, além de dificultar o acesso do transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis", disse.

"Nesse sentido, a CNT tem convicção de que as autoridades garantirão a circulação de pessoas e de bens por todo o País com segurança, entendendo que qualquer tipo de bloqueio não contribui para as atividades do setor transportador e, consequentemente, para o desenvolvimento do Brasil."

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