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Regiões metropolitanas poderão antecipar 5G para janeiro

420 municípios com mais de 500 mil habitantes e de regiões metropolitanas estarão aptos a oferecer a tecnologia, diz Anatel

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São Paulo

Até 1º de janeiro do ano que vem, cerca de 420 municípios estarão aptos a receber a tecnologia 5G, informou o vice-presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) Moisés Moreira, em evento da Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações), na última quinta-feira (10).

O Gaispi, grupo da Anatel que acompanha a implementação do 5G no Brasil, permitiu que a agência desocupasse a faixa de 3,5 GHz ( Gigahertz) por conjuntos de cidade.

A autorização ampliou o número de municípios que vão ficar aptos a receber a tecnologia no começo do ano que vem. Antes disso, a liberação aconteceria somente nas cidades com mais de 500 mil habitantes.

De acordo com a Anatel, serão contempladas as regiões metropolitanas das capitais e municípios próximos de cidades com mais de 500 mil habitantes.

Logotipo do 5G na Mobile World Congress, em Barcelona - Josep Lago -29.jun.2021/AFP

Segundo Moreira, são 26 cidades —11 delas distantes de capitais— e suas respectivas regiões. Esses municípios terão a faixa de 3,5 GHz, hoje usada por parabólicas e radiodifusores, liberada para que as operadoras que venceram o leilão explorem o serviço.

Claro, Vivo e Tim arremataram as principais faixas do leilão de 5G realizado em novembro do ano passado.

No meio do ano que vem, a liberação da faixa em cidades com mais de 200 mil habitantes também será por conjunto de cidades, de acordo com Moreira.

"Isso facilita o processo do ponto de vista logístico e do ponto de vista de economia do recurso público", afirmou, no evento. "Os mesmos veículos que estão nessas cidades grandes atendem as cidades menores no entorno."

As operadoras não têm a obrigação de instalar o recurso assim que a faixa seja liberada. Excluídos o Distrito Federal e as capitais, cidades com mais de 500 mil habitantes precisam ter a antena com 5G somente em julho de 2025, de acordo com o compromisso firmado no leilão. Mas Moreira acha que a instalação pode ser antecipada.

"Por uma questão de competição comercial, eu tenho certeza que essas cidades também terão as suas antenas ligadas nesse período", afirmou.

A Anatel confirma a expectativa de antecipação do serviço por email. "Espera-se que ocorram ativações de estações do 5G antecipadamente, tão logo a faixa esteja liberada, mesmo que não na proporção exigida para 31 de julho de 2025", afirma a agência.

A primeira cidade a receber o 5G foi Brasília, no início de julho deste ano. Todas as capitais e o Distrito Federal deveriam estar com a tecnologia até o final do mesmo mês, o que ocorreu apenas no início de outubro.

O atraso, segundo Moreira afirmou no evento, deveu-se à falta de semicondutores, causados pelos impactos da pandemia na logística global, e aos lockdowns na China, que sustentam uma política de Covid zero.

Sindicato diz que expansão depende da estratégia de cada empresa

Marcos Ferrari, presidente da Conexis, sindicato das empresas de telefonia, afirma que a expansão depende da estratégia de cada companhia. Segundo ele, as empresas ainda estão cumprindo outras metas do edital, como a universalização do 4G e a conectividade de rodovias.

"Assim que for liberado, as operadoras farão uma análise de comportamento e demanda e decidirão como e quando fazer o investimento", afirma Ferrari. Segundo ele, a expansão depende da receptividade do mercado e da formação de um ecossistema que demande o 5G em atividades na agricultura, saúde e educação, por exemplo.

"Nesse momento de transição governamental, é importante que tenha uma sinalização positiva de uma política tecnológica e industrial focada no 5G", afirma.

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