O Twitter suspendeu as contas de vários jornalistas, incluindo do New York Times e do Washington Post, nesta quinta (15), com o site exibindo avisos de "conta suspensa" em suas páginas pessoais.
O fator que motivou a suspensão destas contas não foi imediatamente divulgado. Todos os repórteres suspensos escreveram nos últimos meses sobre o dono do Twitter, o bilionário Elon Musk, e as mudanças na plataforma desde que ele a comprou.
Respondendo a um tweet sobre as suspensões de contas, Musk postou: "As mesmas regras de doxxing se aplicam a ‘jornalistas’ como a todos os outros", uma referência às regras do Twitter que proíbem o compartilhamento de informações pessoais, chamadas doxxing.
Ele acrescentou: "Criticar-me o dia todo não tem problema, mas divulgar minha localização em tempo real, colocando minha família em perigo, não."
O Twitter não respondeu a um pedido de comentário.
Na quinta-feira, o Twitter suspendeu uma conta que rastreia o jato particular de Musk em tempo real, um mês depois que ele disse que seu compromisso com a liberdade de expressão se estendia a não banir a conta.
Um porta-voz do The New York Times disse: "A suspensão desta noite das contas do Twitter de vários jornalistas proeminentes, incluindo Ryan Mac do The New York Times, é questionável e lamentável. Nem o Times nem Ryan receberam qualquer explicação sobre porque isso ocorreu. Esperamos que todas as contas dos jornalistas sejam restabelecidas e que o Twitter forneça uma explicação satisfatória para esta ação."
Na manhã desta sexta (16), Musk se manifestou em sua conta na rede social dizendo que o Twitter estava "on fire", uma expressão que pode ter duplo sentido. O literal, de estar pegando fogo, e o figurativo, de "estar com tudo", "estar arrasando".
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