Um levantamento com 35 países que já divulgaram dados para o PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre de 2022 mostra que o crescimento médio dessas economias foi de 0,4%, segundo dados disponibilizados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
São 23 países com crescimento e 12 com retração, na comparação com o trimestre anterior.
O PIB do Brasil cresceu 0,4% no terceiro trimestre em relação ao anterior, de acordo com informação divulgada nesta quinta-feira (1º) pelo IBGE.
China, Arábia Saudita, México, Colômbia e Noruega são os cinco que mais cresceram no trimestre passado nesta amostra. República Tcheca, Hungria, Chile, Eslovênia e Letônia ficam na lanterna do ranking.
O PIB da China cresceu acima da previsão de mercado, mas abaixo da meta anual, que já é a menor em três décadas. O país asiático enfrenta uma crise imobiliária e controles e bloqueios rigorosos com o plano de "covid zero".
A economia dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 2,9%, interrompendo uma sequência de duas quedas trimestrais consecutivas, o que havia levantado preocupações de que o país estaria em recessão.
O continente europeu está nas duas pontas do ranking. O crescimento na zona do euro foi de 0,2%.
Na América Latina, o Chile foi um dos destaques negativos no período e registrou a maior queda trimestral em mais de dois anos, desde o início da pandemia.
As projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional) apontam um crescimento da economia global de 3,2% neste ano, sendo 2,8% para o Brasil, 1,6% para os EUA, 3,1% para a zona do euro e 3,2% para a China. Em guerra, a Rússia deve encolher 3,4%.
A OCDE projeta crescimento mundial de 3% neste ano, desacelerando para 2,2% no próximo. No terceiro trimestre, a economia dos países do grupo avançaram 0,4%.
De acordo com a entidade, o crescimento global deve permanecer moderado no segundo semestre de 2022 e desacelerar ainda mais em 2023. Um fator-chave para essa desaceleração, segundo a OCDE, é o aperto generalizado de política monetária em resposta ao aumento global da inflação.
A instituição também destaca os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia, que está atrasando o crescimento e pressionando ainda mais os preços, sobretudo de alimentos e energia, e também os problemas enfrentados pela China.
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