Criptos deixam anúncios do Super Bowl, Americanas quer seguir líder em ovos de páscoa e o que importa no mercado

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Criptos somem de Super Bowl

Os anúncios do universo das criptomoedas sumiram no Super Bowl deste ano depois de terem inundado os intervalos comerciais do evento mais assistido da TV americana em 2022.

  • A ausência acabou abrindo espaço para outros tipos de mensagens, inclusive uma promovendo Jesus Cristo.
  • Entre anúncios de cervejas, carros e comidas, dois comerciais de Jesus Cristo apareceram durante a partida vencida pelo Kansas City Chiefs. Eles fazem parte da campanha "He Gets Us", algo como "ele nos entende", em inglês.
  • Os vídeos conectam Jesus a questões contemporâneas como imigração, inteligência artificial e ativismo, buscando atingir "céticos espiritualmente abertos", não afiliados a nenhum ramo do cristianismo.
  • Os comerciais, de acordo com o New York Times, fazem parte de uma campanha multimilionária da organização sem fins lucrativos Servant Foundation.

Por que importa: os anúncios do Super Bowl, a final da liga de futebol americano (NFL), estão entre os mais caros do mundo, o que os torna uma atração à parte ao jogo, além do show do intervalo –que neste ano foi protagonizado pela cantora Rihanna.

  • O fim dos anúncios cripto marca uma reversão do processo de ostentação das empresas do setor, que envolveram também compra de "naming rights" (direitos sobre nomes de estádios) e contratação de astros do cinema para as propagandas.
  • Durante o ano passado, quando o Fed começou a subir os juros, um período caracterizado como "inverno cripto" atingiu o setor, derrubando as cotações de criptomoedas e desembocando na falência da FTX, que era uma das maiores corretoras criptos do mundo e anunciou no SuperBowl de 2022.

Em números: os comerciais de 30 segundos para o jogo deste ano foram vendidos por mais de US$ 6 milhões (R$ 31,5 milhões), e em alguns casos por mais de US$ 7 milhões (R$ 36,7 milhões).

  • A Fox, que transmitiu o jogo neste ano, espera faturar US$ 600 milhões (R$ 3,1 bilhões) com a partida.

Startup da Semana: Arthur Mining

O quadro traz às segundas o raio-x de uma startup que recebeu aporte recentemente.

A startup: fundada em 2017 nos EUA por brasileiros, a startup aposta na "mineração verde" de bitcoins e deve chegar ao Brasil neste ano.

  • A mineração de bitcoins envolve uma rede de computadores de alto poder de processamento para resolver cálculos matemáticos complexos e liberar novas moedas no mercado.

Em números: a empresa anunciou na última semana ter recebido um aporte de US$ 4,6 milhões (R$ 24,1 milhões) e foi avaliada em US$ 100 milhões.

Quem investiu: o aporte foi feito por familly offices, fundos que fazem a gestão de fortunas de famílias abastadas.

Que problema resolve? A startup tem como diferencial a "mineração verde" de bitcoin, aproveitando como fonte de energia o gás que é gerado no processo de extração de petróleo.

Por que é destaque: a empresa atua para solucionar um "calcanhar de aquiles" do bitcoin, o alto uso de energia –muitas vezes fóssil– para abastecer os computadores que mineram a cripto.

A semana em resumo

Foram oito rodadas anunciadas por startups da América Latina na última semana, com US$ 61,3 milhões (R$ 321 milhões) captados.

Os dados foram fornecidos pela plataforma Sling Hub.


Americanas promete 'maior Páscoa do mundo'

Apesar de tudo, a Americanas promete manter a tradição de ser a maior varejista de ovos de páscoa do país.

Serão 13 milhões de ovos de chocolate, dos quais quase metade da marca própria, a D'elicce, e mais os chocolates da linha regular, segmento importante de vendas da rede. A varejista promete promover a "maior Páscoa de todos os tempos".

  • Com a recuperação judicial, porém, algumas coisas mudaram. Os ovos, que antes eram faturados pela varejista entre 15 dias a um mês após a data, agora são pagos à vista e de maneira antecipada.

A importância das vendas de Páscoa para a varejista foi citada até mesmo no pedido de recuperação judicial encaminhados à Justiça do Rio de Janeiro no dia 19 de janeiro.

Mais sobre a Americanas:

  • "Americanas arquitetou fraude colossal perpetrada por uma quadrilha", diz BR Partners.

Renda fixa segue dominante

Muda o ano, mas não a estratégia de investimentos. Com os sinais de que a Selic deve cair pouco ou nem sair do lugar neste ano, os títulos de renda fixa seguem como maior atrativo para a carteira recomendada pelos especialistas para 2023.

  • Títulos públicos, bancários e emitidos por grandes empresas do tipo pós-fixado, que acompanham o rendimento entregue pela taxa básica de juros, e os indexados à inflação, que oferecem uma taxa prefixada mais a variação do IPCA, estão entre os mais recomendados.

E a Bolsa? Segue como um fator importante de diversificação, destacam os analistas, até para o investidor não correr o risco de perder algum movimento inesperado de forte e rápida recuperação dos mercados.

De olho lá fora: os especialistas reforçam que o investimento em dólar ou em ativos no exterior deve fazer parte do planejamento dos investidores.

  • Em 2022, o estoque de investimento em ações no exterior caiu cerca de 20%, para US$ 40 bilhões, segundo dados do Banco Central.
  • Foi realmente o ano da renda fixa: o valor aplicado em títulos de dívida nos EUA cresceu quase 25%, para US$ 13,5 bilhões.

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