Descrição de chapéu Financial Times

BlackRock avalia comprar parte do Credit Suisse

Gigante de investimentos dos EUA pode fazer oferta superior à do rival UBS, cujo plano foi aprovado pelo banco central da Suíça

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Londres | Financial Times

A BlackRock elaborou uma oferta pelo Credit Suisse que superaria um plano aprovado pelo banco central suíço para o UBS adquirir seu rival em dificuldades, disseram cinco pessoas com conhecimento do assunto ao Financial Times.

A gigante dos investimentos dos EUA avaliou uma série de opções e conversou com outros potenciais investidores, disseram pessoas informadas sobre o assunto ao jornal britânico. Entre as opções estavam ofertas para adquirir apenas partes do negócio.

Neste sábado (18), a BlackRock disse que não está participando de nenhum plano para adquirir a totalidade ou parte do Credit Suisse e não tem interesse em fazê-lo.

Larry Fink, CEO da BlackRock - David 'Dee' Delgado - 30.nov.22/Reuters

Larry Fink, cofundador e CEO da BlackRock, gestora de recursos de US$ 8,6 trilhões (R$ 45 trilhões), estava conduzindo a oferta, segundo pessoas com conhecimento do assunto. Fink trabalhava no First Boston, o banco de investimentos do Credit Suisse.

A BlackRock é há muito tempo um dos maiores clientes bancários de investimento do Credit Suisse, especialmente sua mesa de operações de renda fixa. Um acordo, especialmente para seu braço norte-americano, seria uma maneira oportunista de trazer capacidade comercial interna, disse uma das pessoas.

Qualquer acordo enfrentaria obstáculos regulatórios significativos na Europa e nos Estados Unidos.

O Banco Nacional da Suíça e o regulador Finma defendem uma solução suíça para resolver a crise no Credit Suisse, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

O Financial Times mostrou na sexta-feira (17) que o SNB e a Finma estão orquestrando negociações entre o Credit Suisse e o UBS na tentativa de aumentar a confiança no setor bancário do país. A dupla explorou uma transação que poderia resultar em uma combinação total ou parcial entre os bancos.

As negociações ocorreram dias depois que o banco central foi forçado a fornecer uma linha de crédito de emergência de 50 bilhões de francos suíços (US$ 54 bilhões) ao Credit Suisse.

No entanto, esse apoio não conseguiu impedir uma queda no preço das ações do banco, que caiu para mínimos recordes depois que seu maior investidor descartou fornecer mais capital e seu presidente admitiu que continuava sofrendo um êxodo de clientes de gestão de patrimônio.

O Credit Suisse se recusou a comentar.

Stephen Morris , James Fontanella-Khan , Arash Massoudi e Owen Walker
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