Descrição de chapéu PIB

Tebet diz que PIB é boa notícia e cobra 'gesto' do BC sobre taxa de juros

Economia brasileira cresceu 2,9% no ano passado, mas teve queda no último trimestre

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Brasília

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, considerou positivo o resultado do Produto Interno Bruto divulgado nesta quinta-feira (2) e acrescentou que agora espera um gesto do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a taxa de juros.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) anunciou que a economia brasileira fechou o ano de 2022 com o crescimento acumulado de 2,9%.

No entanto, no recorte do quarto trimestre do ano passado, o PIB ficou negativo após cinco avanços consecutivos. Houve recuo de 0,2% em relação aos três meses imediatamente anteriores, indicando um cenário de desaceleração da economia.

Simone Tebet, ministra do Planejamento, durante seu discurso de posse - Evaristo Sá - 5.jan.23/AFP

Tebet usou o resultado do PIB para seguir pressionando o Banco Central e o Copom, para que haja redução da taxa de juros na próxima reunião do comitê, nos dias 21 e 22.

"Acho que a notícia foi boa", afirmou a ministra ao chegar ao Palácio do Planalto, para a cerimônia de lançamento do novo programa Bolsa Família.

Tebet na sequência afirmou que há uma conjuntura positiva, para que o Copom decida reduzir a taxa de juros, que apresente "um gesto positivo a favor do Brasil".

"É um somatório para mostrar que estamos fazendo dever de casa com o PIB, apesar de ser do ano passado, se mostrou positivo a ponto de podermos estar num diálogo com o Banco Central e com o Copom, mostrando que a inflação não é por demanda, tivemos crescimento acima das expectativas e estamos fazendo o dever de casa", afirmou a ministra.

"Consequentemente é possível um gesto, não queremos nenhuma generosidade, mas um gesto positivo a favor do Brasil na próxima reunião do Copom", completou.

As novas falas aconteceu um dia após a ministra já ter cobrado o Banco Central, pressionando pela redução dos juros. Tebet comentou a decisão do governo de tributar novamente os combustíveis, argumentando que o governo está "fazendo o dever de casa".

A reoneração, anunciada na véspera por Fernando Haddad e Alexandre Silveira (Minas e Energia), ocorre oito meses após as alíquotas terem sido zeradas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de derrubar o preço nas bombas às vésperas da eleição de 2022.

"Estamos, sim, focados agora na contenção de gastos. Isso que queremos mostrar para o Copom e o Banco Central. Podem, ainda que paulatinamente, diminuir juros, nós temos responsabilidade fiscal e estamos fazendo dever de casa", afirmou a jornalistas na quarta (1º), após um café da manhã no Palácio do Planalto com ministras e a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, pela ocasião do início do mês da mulher.

A questão dos juros já vinha sendo motivo de ataques do governo ao Banco Central, partindo diretamente de Luiz Inácio Lula da Silva. O mandatário chegou a lançar diversas críticas diretas ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

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