Descrição de chapéu Mercado imobiliário

Mulheres priorizam localização e segurança ao buscar imóvel, diz pesquisa

Estudo feito pela DataZap+ avalia comportamento feminino na hora de comprar ou alugar um imóvel

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São Paulo

Uma pesquisa com mais de 7.600 mulheres traçou o comportamento feminino na escolha do imóvel no Brasil. Localização e segurança aparecem no topo de importância, mas idade, maternidade e estado civil conduzem compradoras e locatárias a configurações diferentes de habitação.

O levantamento foi feito pela DataZap+, entre janeiro e dezembro de 2022. De acordo com o estudo, cerca de 7 em cada 10 compradoras são mães. Já entre as locatárias entrevistadas, 55% disseram ter filhos. Em ambos os perfis, mais de 60% delas afirmaram ter um animal de estimação.

"O estudo abre uma discussão para o mercado se adaptar. Esse é o grupo que mais busca, mas é o que recebe menos", afirma Larissa Gonçalves, da DataZap+.

"Mais da metade das solteiras têm filhos. Então, como dizer que um locador não quer mãe com filho ou pet se é o perfil da maior parte do seu público? O mercado tem que repensar como está tratando seu consumidor final", diz a economista.

Vista de prédios localizados no bairro de Moema, zona sul de São Paulo - Bruno Santos/Folhapress

No ano passado, a participação de mulheres entre o público que buscou imóveis nos portais ZAP+ foi de 62%. Na locação, de acordo com a pesquisa, a presença feminina chegou a 67%.

Ao relacionar os perfis, o estudo mostrou que a média de idade entre as compradoras era de 48 anos. Ao avaliar o perfil da locatária, cerca de 4 em cada 10 fazem parte da geração X (nascidas entre 1964 e 1983).

"No entanto, esse perfil tende a ser mais jovem, uma vez que há uma concentração de 31% na geração Y [com ano nascimento entre 1984 e 1995], afirma o levantamento.

No comparativo entre gerações, considerando o estado civil, é menor a participação da geração Z (27%) entre as mulheres que declararam estar casadas e buscavam imóvel para comprar. Já entre as solteiras, a geração Z se destaca no comparativo (69%).

Com relação a renda familiar, a maioria das compradoras e locatárias declarou estar na classe B (renda
domiciliar mensal de R$ 4.458,01 a R$ 16.768). Cerca de um terço da amostra de locatárias está na classe C (renda domiciliar mensal de R$ 1.378,01 a R$ 4.458).

Casa nova que cabe no bolso

As compradoras são, na maioria, casadas e buscam imóveis com mais dormitórios (média de três), com suíte, vaga de garagem e, entre 61m² a 90m². Já as locatárias, predominantemente solteiras, tendem a preferir imóveis com dois dormitórios, e tamanho médio de 71 m².

As entrevistadas, mencionaram em média, três motivos para buscar um imóvel para comprar. O principal se refere às características da propriedade, como ter churrasqueira, vaga de garagem e varanda. Entre as mulheres que trabalham, ter áreas de lazer foi mencionado como muito relevante (62%).

Depois, vem a questão da segurança da região onde o imóvel está localizado, atributo mencionado principalmente por quem mora nas capitais do país. Para todas entrevistadas que se declararam de classe A (com renda familiar a partir de R$ 16.768,01), residir em bairro seguro é motivador importante.

Para as locatárias, a principal motivação estava na proximidade com o trabalho, seguida pela segurança na região. Com destaque entre mulheres da geração Z, solteiras e sem filhos.

As características do imóvel foram consideradas relevantes pelas mulheres casadas e com filhos. Entre as compradoras, cerca de 8 em cada 10 achavam importante o tamanho da área privativa, a quantidade de banheiros e o potencial de valorização do imóvel.

Indicado por quase a totalidade das mulheres, o preço é a característica mais relevante no momento da busca do novo lar.

O financiamento imobiliário é a opção preferida na hora da compra, enquanto a possibilidade de pagamento 100% à vista foi indicada por 51% das entrevistadas viúvas.

"A Caixa ainda é a mais lembrada entre os bancos para o financiamento", diz Larissa, embora 1 em cada 3 entrevistadas não haviam escolhido a instituição financeira.

"No final é sempre a equação 'o que eu preciso' e 'o que cabe no bolso'", afirma a economista da DataZap+.

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