Descrição de chapéu juros Selic Banco Central

Galípolo diz que medidas da Fazenda têm criado ambiente para corte de juros

Em evento da Fiesp, o futuro diretor de Política Monetária do Banco Central disse ser inadequado para ele comentar corte de juros, mas afirmou que o tema é pertinente

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São Paulo

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, disse, em painel da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) nesta quinta (25), que a harmonização das políticas fiscais da pasta com a política monetária do Banco Central deve continuar criando espaço para redução da taxa básica de juros, a Selic.

Galípolo foi recentemente indicado pelo governo para assumir a cadeira de diretor de Política Monetária do Banco Central.

Apresentação de evento da Fiesp tem o moderador Rafael Cervone, os debatedores José Luíi Gordon, do BNDES; Ricardo Brito, presidente da Desenvolver SP; Gabriel Galípolo, secretário -executivo do Ministério da Fazenda e Ronaldo Gomes Carmona, da Finep - Bruno Santos/Folhapress

"Quando o ministro [da Fazenda] Fernando Haddad fala em harmonizar as políticas monetária e fiscal, é neste sentido de conseguir tomar medidas que vão gradativamente criando um ambiente onde os preços dos ativos vão permitir a criação de um cenário confortável para a gente ter uma taxa de juros que seja capaz de trazer os resultados esperados para a nossa economia", afirmou.

Segundo Galípolo, medidas como a reoneração dos combustíveis e o arcabouço fiscal têm feito com que o ceticismo do mercado seja gradativamente vencido, e isso pode ser comprovado pela melhora dos preços dos ativos.

O secretário exemplificou o comentário citando a valorização do real frente ao dólar desde a virada do ano, além da queda das taxas dos contratos de juros futuros que têm vencimento mais longo. Segundo Galípolo, a curva de juros mostra que o mercado espera corte de 350 pontos-base da taxa básica de juros nos próximos 18 meses. Atualmente, a Selic está em 13,75%.

Perto das 15h40, a taxa do contrato DI com vencimento em 2025 recuava 14 pontos-base, a 11,49%. O contrato de dólar futuro subia 1,65% na B3, a R$ 5,049. No ano, o dólar futuro recua 7,23%.

Apesar das indicações que deu sobre sua visão a respeito do corte de juros, questionado por convidados do evento sobre esse assunto, Galípolo disse que é inadequado fazer comentários, já que em breve assumirá diretoria no Banco Central. Mas afirmou que a pergunta é pertinente.

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