Em comunicado ao mercado nesta terça (13), a Petrobras informou que a diretoria executiva e o conselho de administração da petroleira não têm nenhuma decisão sobre um eventual processo de desinvestimento ou de aumento de participação na companhia petroquímica Braskem.
No último sábado (10), a Unipar comunicou ao mercado que está evoluindo em tratativas com a Novonor, antiga Odebrecht, e com os bancos credores da empreiteira sobre uma operação pelo controle da Braskem.
No mesmo comunicado, a Unipar também disse que negociará com a Petrobras sua participação, "de forma satisfatória a todas as partes envolvidas", podendo "eventualmente incluir a renegociação do atual Acordo de Acionistas, dentre outros aspectos relevantes, para sua adequação à nova estrutura de capital da Braskem".
Atualmente, a Novonor detém 38,3% do capital total da petroquímica, enquanto a Petrobras possui 36,1%.
Conforme mostrou a Folha, a Unipar avalia que sua proposta de compra do controle da petroquímica será aceita pela Novonor e pela Petrobras.
Segundo dados internos da Unipar, a oferta de R$ 35 por ação é superior em 40% ao apresentado recentemente pela estatal dos Emirados Árabes Unidos Adnoc e pelo fundo Apollo para controle da Braskem.
"No presente momento, a Petrobras está desenvolvendo análises para definição da melhor alternativa de execução de sua estratégia, não havendo qualquer decisão da diretoria executiva ou do conselho de administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na Braskem", informou a petroleira nesta terça.
A estatal reforçou que a atuação no setor petroquímico é um dos elementos do Plano Estratégico 2024-2028 da petroleira, aprovado pelo conselho de administração e divulgado ao mercado em junho deste ano.
"A companhia esclarece que decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis", completou a Petrobras.
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