Descrição de chapéu BNDES

Governo estuda forma de recuperar empresas da construção civil para grandes projetos, diz Rui Costa

Ministro afirma que indústria foi 'destruída' por falta de investimento na última década

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Maria Carolina Marcello
Brasília | Reuters

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quinta-feira (24) que discute com o Ministério da Fazenda, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o TCU (Tribunal de Contas da União) uma forma de apoiar a recuperação de empresas da área de construção, possibilitando que elas consigam se credenciar para grandes obras e projetos como os do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O ministro afirma que a indústria da construção foi "destruída" na última década por falta de investimento e também pelo que considerou um ambiente em que "todos são culpados até prova em contrário", em uma referência indireta à Operação Lava Jato, investigação que envolveu as grandes empreiteiras.

O ministro-chefe da Casa Civil em evento no Palácio do Planalto, em 10 de março de 2023. - Evaristo Sá/AFP

"Estamos estimulando e organizando com a Fazenda, o BNDES, algum nível de apoio, de marco legal — estamos dialogando com o TCU também— para dar algum nível de garantia para essas empresas e dar algum apoio para que elas voltem ao mercado, mesmo que de forma, neste primeiro momento, consorciadas. Consorciadas entre elas, ou mesmo que consorciadas com empresas internacionais", disse o ministro em evento da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

"Não é possível imaginar um país continental como o Brasil sem grandes empresas de construção", avaliou.

Em sua fala inicial no evento da Fiesp, Costa disse que o novo PAC, lançado neste mês pelo governo, leva em conta a transição ecológica e tem como carro-chefe a parceria com o setor privado.

O ministro Costa também disse que o Brasil é a "bola da vez" no cenário econômico internacional e no debate climático.

"Precisamos aproveitar essa oportunidade", afirmou.

O Novo PAC prevê investimentos de R$ 1,7 trilhão, considerando recursos da União, de estatais e do setor privado, com previsão de aplicação de mais de R$ 1,3 trilhão até 2026 e um incentivo às parcerias público-privadas.

O ministro citou que há 173 medidas institucionais relacionadas ao PAC para ajudar a destravar o investimento, dentre elas a simplificação de concessões ambientais sem prejudicar o meio ambiente.

No caso de matérias que dependem de aval do Congresso, Costa disse que terá conversa com parlamentares na próxima segunda-feira para negociar a votação de proposta sobre debêntures de infraestrutura. O chefe da Casa Civil também manifestou o desejo de que o Congresso vote ajustes no marco legal das PPPs e concessões, já em tramitação no Legislativo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.