Descrição de chapéu Boeing

Autoridades dos EUA investigam Boeing por possível falsificação de registros do 787

FAA disse que abriu a investigação depois que empresa disse que pode não ter completado inspeções

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AFP

As autoridades aéreas dos Estados Unidos estão investigando se a Boeing completou as inspeções necessárias em seus aviões 787 e se os funcionários falsificaram registros das aeronaves, disseram funcionários nesta segunda-feira (6).

A questão gira em torno de se a Boeing realizou as inspeções necessárias para "confirmar a adequada união e conexão à terra onde as asas se unem à fuselagem em certos aviões 787 Dreamliner", explicou a FAA (Administração Federal de Aviação).

Imagem mostra aviões sendo montados dentro de prédio da Boeing
Funcionários da Boeing montam modelos 787 dentro de seu prédio principal de montagem em North Charleston, na Carolina do Sul - Gavin McIntyre - 30.mai.23/Reuters

A FAA disse que abriu a investigação depois que a Boeing notificou que a empresa pode não ter completado as inspeções, necessárias para garantir um fluxo elétrico seguro e funcional entre os componentes da aeronave.

"A FAA está investigando se a Boeing completou as inspeções e se os funcionários da empresa podem ter falsificado os registros das aeronaves", disse a agência. "Ao mesmo tempo, a Boeing está reexaminando todas as aeronaves 787 que ainda estão no sistema de produção e também deve criar um plano para lidar com a frota em serviço".

O assunto veio à tona depois que um funcionário da Boeing observou uma "irregularidade" e levantou a questão a um supervisor.

"Rapidamente revisamos o assunto e descobrimos que várias pessoas estavam violando as políticas da empresa ao não realizar um teste necessário, mas registrando o trabalho como realizado", disse Scott Stocker, chefe do programa Boeing 787, em um e-mail ao pessoal.

"Informamos rapidamente ao nosso regulador o que descobrimos e estamos tomando medidas corretivas rápidas e sérias com vários colegas de equipe", disse Stocker. O pessoal de engenharia determinou que os problemas não representavam um risco imediato para a segurança dos voos, acrescentou.

A investigação se soma a uma série de problemas enfrentados pela Boeing após um voo quase catastrófico da Alaska Airlines em janeiro, no qual um painel da fuselagem explodiu.

A FAA deu à empresa três meses para apresentar um plano que resolva os "problemas sistêmicos de controle de qualidade".

A gestão do 787 foi questionada em uma audiência realizada em 17 de abril no Senado dos Estados Unidos, na qual um denunciante da empresa afirmou ter sofrido represálias após levantar dúvidas sobre os processos de fabricação do 787 que, em sua opinião, ameaçavam a segurança da aeronave.

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