Descrição de chapéu União Europeia

Comissão da UE aprova que Lufthansa tenha 41% da ITA Airways

Aérea alemã pode adquirir até 100% das ações da antiga Alitalia no futuro segundo o acordo entre as partes

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Bruxelas (Bélgica) | AFP

A Comissão Europeia, órgão executivo da UE (União Europeia), aprovou com ressalvas a proposta de entrada da companhia aérea alemã Lufthansa no capital da italiana ITA Airways.

A aprovação decidida nesta quarta-feira (3) está condicionada ao total cumprimento das soluções oferecidas pela Lufthansa e pelo Ministério Italiano da Economia e Finanças, anunciou a Comissão em comunicado.

A ITA Airways foi fundada em 2020 após a falência da Alitalia. Atualmente, a empresa é parcialmente controlada pelo governo italiano através do Ministério da Economia.

A imagem mostra dois aviões em voo. O avião na parte superior é branco com detalhes em azul escuro e amarelo, com o logotipo da Lufthansa na cauda. O avião na parte inferior é azul com detalhes em branco e vermelho, com o logotipo da ITA Airways na cauda.
Montagens com aviões da Lufthansa e da ITA Airways, antiga Alitalia - Daniel Roland e Andreas Solaro/AFP

O estado italiano e a Lufthansa haviam assinado em 2023 um acordo sobre a participação da empresa alemã de até 41%, com a opção de alcançar 100% numa fase posterior.

Em janeiro, a Comissão Europeia iniciou uma investigação aprofundada sobre a iniciativa, argumentando que precisava analisar o eventual impacto da operação nas empresas concorrentes em determinadas rotas.

As preocupações da comissão se concentraram nas conexões entre a Itália e os países da Europa Central, onde poderiam surgir os principais problemas em termos de concorrência.

Por isso, a Lufthansa ou o Estado italiano "disponibilizarão ativos necessários para que uma ou duas companhias aéreas rivais possam iniciar voos diretos entre Roma ou Milão e certos aeroportos na Europa Central", anunciou a comissão.

Em relação aos voos de longa distância —para destinos como os EUA, Canadá, Japão ou Índia— a Comissão determinou outras medidas.

A Lufthansa e o Estado italiano deverão "celebrar acordos com concorrentes para melhorar sua competitividade nas rotas de longa distância em questão, por exemplo, através de acordos de 'interlining' ou trocas de slots".

Com as medidas recomendadas, a comissão concluiu que a operação "já não levanta problemas de concorrência (...) Sob supervisão da Comissão, um administrador independente acompanhará a implementação" dos compromissos.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.