Descrição de chapéu Lojas Americanas

Ex-CEO da Americanas Miguel Gutierrez tem extradição pedida pelo MPF

Executivo mora em Madri, chegou a ser preso, mas foi solto no dia seguinte

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Luciana Magalhães
São Paulo | Reuters

O MPF (Ministério Público Federal) solicitou à 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro a extradição do ex-presidente-executivo da Americanas Miguel Gutierrez, alvo de uma operação da Polícia Federal que apura a sua participação e a de outros ex-executivos da varejista em uma fraude bilionária.

Os procuradores justificaram no pedido, datado de quarta-feira (10), que o requerimento é necessário na medida que, caso negada a extradição, "abre-se a possibilidade de processamento do requerido no Reino da Espanha", isto é, a possibilidade de ser processado e julgado no Estado requerido, neste caso a Espanha, onde reside atualmente.

Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, vestindo um moletom cinza com capuz e um boné preto, está caminhando em frente a um prédio. Ele segura um celular na mão direita e usa uma camiseta branca por baixo do moletom
Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, é filmado em Madri, na Espanha, onde mora - Reprodução/TV Globo

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, havia confirmado no fim do mês passado em entrevista à Globo News que o pedido para extradição seria feito. Gutierrez chegou a ser preso em Madri, mas foi solto no dia seguinte. Segundo sua defesa, ele "compareceu espontaneamente" ante as autoridades policiais e jurisdicionais para prestar os esclarecimentos solicitados.

Gutierrez foi alvo de um mandado de prisão emitido pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro em junho no âmbito da operação Disclosure, que apura a participação de ex-diretores da Americanas na fraude contábil de mais de R$ 25 bilhões que levou a empresa à recuperação judicial ano passado.

Mas o executivo não estava no país em 27 de junho, quando foi deflagrada a operação, o que fez com que seu nome entrasse para a lista de procurados pela Interpol. No dia seguinte, ele foi preso em Madri, mas deixou a prisão um dia depois após entregar o passaporte às autoridades espanholas.

Extraditá-lo, no entanto, poderá ser um desafio, segundo especialistas ouvidos pela Folha, já que Gutierrez possui cidadania espanhola. Ele liderou a Americanas por mais de duas décadas até dezembro de 2022.

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