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Stellantis anuncia investimento na Argentina e afirma que já produz híbridos flex no Brasil

Fábrica de Córdoba vai receber aporte equivalente a R$ 2 bilhões

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São Paulo

O grupo Stellantis terá uma nova linha de carros na América do Sul, que serão produzidos em Córdoba. A fábrica argentina, que hoje monta o sedã compacto Fiat Cronos, receberá um investimento de US$ 385 bilhões (aproximadamente R$ 2 bilhões).

O anúncio foi feito nesta quinta (5) por Emanuele Cappellano, presidente da empresa na América do Sul.

Carro sendo montado na linha de produção do grupo Stellantis em Córdoba, Argentina
Linha de produção do grupo Stellantis em Córdoba, Argentina - Ernesto Grasso/Divulgação

O executivo afirmou que se trata de uma nova plataforma para produção de veículos inéditos. A montadora não dá detalhes sobre quais serão os modelos, mas espera-se pela chegada de uma linha de picapes de porte médio. O Brasil será o principal mercado dos futuros lançamentos.

Haverá ainda geração de empregos, com 50% das vagas destinadas a mulheres, segundo o grupo Stellantis, que não divulga o número de postos de trabalho que serão abertos.

O valor faz parte dos R$ 32 bilhões que serão aplicados na América do Sul entre 2025 e 2030. Para o Brasil, que recebe R$ 30 bilhões, o destaque está na tecnologia híbrida flex, que estreará no último trimestre. Cappellano afirmou que os dois primeiros modelos capazes de rodar com etanol, gasolina e eletricidade já estão sendo produzidos.

De acordo com o executivo, a fase atual é de testes e de ajustes. Os modelos –que ainda não foram revelados–, estão prestes a ganhar escala fabril para abastecer a rede concessionária.

É provável que os primeiros híbridos disponíveis sejam do tipo leve (ou micro). Nessa opção, a eletricidade ajuda a reduzir a queima de combustível nas partidas e fornece torque extra nas arrancadas, entre outros recursos.

A estratégia é semelhante à adotada pela GM, que vai investir R$ 5,5 bilhões para produzir seus modelos híbridos flex no estado de São Paulo.

Os planos do grupo Stellantis incluem a expansão da tecnologia para o hemisfério Sul, o que cria a possibilidade de o Brasil se tornar um exportador de etanol.

Já a fábrica argentina deve se concentrar em modelos a gasolina e a diesel, que podem receber algum nível de eletrificação.

Cappellano afirmou que a opção por investir em Córdoba –cujo anúncio era esperado desde o início do ano– não foi influenciada pelas mudanças políticas e econômicas em curso no governo de Javier Milei.

"Não podemos tomar uma decisão de investimento baseado em um curto prazo, avaliamos as perspectivas econômicas em médio e longo prazos. São meses de desenvolvimento, e depois anos [de aportes]", afirmou o presidente do grupo Stellantis na América do Sul.

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