O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnnson, disse neste domingo (15) que o governo britânico decidiu tomar parte nos ataques a mísseis na Síria sem autorização do Parlamento porque o foco era a velocidade e a eficácia da operação.
Em entrevista, ele disse que a primeira coisa que foi considerada foi a segurança dos homens e mulheres em serviço e que há precedentes para agir sem autorização prévia.
"Obviamente que nossa principal consideração tem que ser sobre a segurança de nossos homens e mulheres em serviço e, é claro, a eficácia e a velocidade da operação", disse.
O líder do partido trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, disse que a base legal usada para apoiar o ataque à Síria era questionável, e acrescentou, em entrevista à BBC no domingo, que ele somente apoiaria ações que tivessem o suporte do Conselho de Segurança da ONU.
"A base legal devia ser autodefesa ou a autoridade do Conselho de Segurança da ONU. A intervenção humanitária é um conceito legalmente questionável neste momento", disse.
Boris Johnnson defendeu ainda a manutenção das relações com a Rússia, disse não procurar uma escalada da situação na Síria e que o Reino Unido deve tomar todas as precauções possíveis contra ataques cibernéticos russos.
Segundo ele, o Reino Unido não aprecia o fato de as relações com a Rússia se tornarem difíceis.
DO OUTRO LADO DO CANAL
Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, disse em entrevista publicada em jornal neste domingo (15), que a Rússia deve pressionar seu aliado Bashar al-Assad para uma solução política.
"É preciso esperar agora que a Rússia entenda que depois da resposta militar sobre o arsenal sírio, nós devemos juntar os esforços para promover um processo político na Síria que permita a saída da crise. A França está disposta a isso. Mas, hoje, o que bloqueia o processo é o próprio Bashar al-Assad. E é a Rússia que deve pressioná-lo", disse.
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