Depois de James Comey dar entrevista na TV americana dizendo que Donald Trump era um líder "moralmente incapaz", o ex-diretor do FBI foi novamente alvo de críticas do presidente dos EUA e de aliados republicanos.
Comey, que foi demitido por Trump no ano passado em meio a uma investigação da polícia federal dos EUA sobre possível influência da Rússia na campanha presidencial de 2016, falou à rede ABC na noite deste domingo (15) e afirmou que o presidente pode estar vulnerável a chantagem da Rússia.
Perguntado pelo jornalista George Stephanopoulos se achava que a Rússia tinha alguma informação danosa sobre Trump, Comey respondeu: "Eu acho que é possível. Eu não sei. Essas são palavras que eu nunca achei que ia dizer sobre um presidente dos EUA, mas é possível".
"Uma pessoa [...] que fala sobre e trata mulheres como se fossem pedaços de carne, que mente constantemente sobre coisas grandes e pequenas, que insiste que os americanos acreditem nele, essa pessoa não é capaz de ser presidente dos EUA, por razões morais", disse Comey na entrevista. Ele está lançando um livro de memórias em que critica Trump.
O presidente dos EUA, que já tinha chamado Comey de "gosmento, fraco e mentiroso" e dito que ele tinha sido um péssimo diretor do FBI, voltou à carga no Twitter nesta segunda, acusando Comey e outros de cometer "muitos crimes".
A assessora da Casa Branca Kellyanne Conway disse que Comey oferece "uma versão revisionista da história. O presidente está espantado que essa pessoa consiga sempre desviar o foco para ele mesmo".
O Comitê Nacional Republicano criou um site, www.lyincomey.com (Comey mentiroso), para atacar o ex-diretor do FBI. "É alguém que quer ganhar dinheiro", disse Ronna McDaniel, chefe do comitê.
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