Atirador usou barricada para impedir saída de jornalistas nos EUA

Pelo menos um dos mortos foi atingido quando tentava sair pela porta do Capital Gazette

Memorial em frente ao Capital Gazette em homenagem às vítimas
Memorial em frente ao Capital Gazette em homenagem às vítimas - Leah Millis/Reuters
Estelita Hass Carazzai
Annapolis (Maryland, EUA)

O atirador Jarrod Warren Ramos, 38, denunciado pelo ataque a tiros que deixou cinco mortos no jornal americano The Capital Gazette nesta quinta (28), fez uma barricada na porta dos fundos da redação, para impedir a saída das vítimas.

Pelo menos um dos mortos foi atingido quando tentava sair pela porta, sem sucesso. 

“Foi uma estratégia tática, uma série brutal de ataques a vítimas inocentes”, afirmou o procurador do estado Wes Adams, nesta sexta-feira (29).

Ramos se apresentou ao juiz pela primeira vez nesta manhã. Branco e sem barba, estava com os cabelos compridos soltos e vestia uma camiseta azul marinho, uniforme da prisão. Não falou nada. 

 

Ramos não confirmou qual foi o motivo do ataque ao jornal, que recebeu ameaças (de autoria ainda desconhecida) pelas redes sociais nesta semana. Mas o atirador processou o jornal em 2012, depois que o veículo noticiou um processo por assédio contra ele. 

Segundo policiais, Ramos tinha uma espécie de “vingança” contra o jornal. 

O juiz Thomas Pryal determinou que ele continuasse preso, sem fiança, por representar “um perigo à comunidade e a outras pessoas”.

Ramos foi denunciado por cinco homicídios qualificados. Em Maryland, a pena para o crime é a prisão perpétua. 

O atirador vive na cidade de Laurel, a 30 km de Annapolis. É formado em ciência da computação e vive sozinho no mesmo endereço há 17 anos. Ramos não tem antecedentes criminais nem histórico de problemas mentais ou de saúde. Ele é solteiro e não tem filhos. 

O atirador usou uma espingarda para cometer o crime. Ele foi detido por policiais na redação e foi identificado nas câmeras de segurança do prédio. 

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