158 membros da Igreja Católica são investigados por casos de pedofilia no Chile

Os casos envolvem 266 vítimas, entre elas crianças e adolescentes de ambos os sexos

Leigos da Igreja Católica chilena pedem justiça em caso de abusos sexuais cometidos por sacerdotes, em Osorno, no Chile - Fernando Lavoz - 17.jun.2018/Associated Press
Santiago | AFP

Um total de 158 membros da Igreja Católica chilena, entre eles bispos, padres e leigos, são investigados como autores ou cúmplices em casos de abuso sexual de menores e adultos durante quase seis décadas, revelou nesta segunda-feira a Procuradoria Nacional. 

Os casos se referem a 144 investigações sobre fatos ocorridos de 1960 até hoje e envolvem 266 vítimas, entre elas crianças e adolescentes de ambos os sexos. 

"Na grande maioria os fatos denunciados correspondem a delitos sexuais cometidos por sacerdotes, párocos ou pessoas vinculadas a estabelecimentos educacionais", afirma o documento apresentado pelo promotor Luis Torres.

Foram incluídos no levantamento quem formava parte do clero, como bispos, sacerdotes, presbíteros ou diáconos, assim como "pessoas pertencentes à vida consagrada", como irmãos, monges, frades e religiosos.

O documento inclui ainda "pessoas leigas que exerciam alguma função no âmbito eclesiástico". 

Dos investigados, 65 são membros das congregações salesianas e maristas. 

Há entre as vítimas 178 crianças e adolescentes, 31 adultos e 58 sem idade precisa, relacionados a casos denunciados com anterioridade à vigência da reforma penal. 

Há hoje 34 investigações vigentes com diligências e 107 já concluídas. Em 23 casos houve sentenças condenatórias e um caso terminou em absolvição. 

O papa Francisco aceitou a renúncia de cinco bispos chilenos, quatro deles acusados como encobridores de abuso sexual de sacerdotes. 

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.