Crime organizado na fronteira é um flagelo, diz chanceler paraguaio

Aloysio Nunes admite que países devem fazer mais contra tráfico de drogas e contrabando

Loizaga aparece sentado, falando diante de um microfone, entre duas pequenas bandeiras do Paraguai e do Mercosul na mesa. Ele veste terno preto, camisa branca e gravata vermelha.
O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, fala em reunião do Mercosul em Assunção em junho - Norberto Duarte - 18.jun.18/AFP
Sylvia Colombo
Assunção

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, declarou nesta terça (14) que houve colaboração entre Brasil e Paraguai nos últimos anos em questões de segurança, mas admitiu que ainda falta muito a ser feito sobre a presença do crime organizado e do contrabando na fronteira. 

"Dos dois lados há conexões que precisam ser desmontadas, mas o seguimento e o trabalho têm sido constantes."

Há reuniões regulares do grupo de trabalho entre representantes de ministérios de segurança e defesa de ambos países. Ainda assim, Aloysio e seu par paraguaio, Eladio Loizaga, afirmaram que os esforços devem prosseguir, mesmo depois da troca de comando no Paraguai e, no ano que vem, no Brasil.

"A segurança das fronteiras é uma agenda permanente e uma das mostras de como nossa colaboração vem rendendo frutos foi a prisão de um membro do PCC [Primeiro Comando da Capital] aqui no Paraguai", disse Loizaga.

"Já a criminalidade em geral na Tríplice Fronteira, este tema está no éter das políticas para esta região. Há um compromisso comum de seguir trabalhando, Brasil, Paraguai e Argentina juntos, porque sozinhos nenhum dos três pode resolver o problema." E acrescentou: "O crime internacional é um flagelo".

Os ministros se reuniram na véspera da posse de Marito para assinar um tratado para a construção de duas pontes.

Indagado sobre se entre Brasil e Paraguai pode haver problemas com relação a Itaipu quando for necessário renegociar o acordo em 2023, Aloysio disse não crer.

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