Joan Ryan, do Partido Trabalhista britânico, é a oitava parlamentar a deixar o principal partido de oposição do Reino Unido.
Em uma rede social, Ryan escreveu que sua saída se deve a atitudes antissemitas dentro do partido.
“Os valores que me fizeram entrar para o partido são os mesmos que me fizeram deixá-lo”, escreveu.
Outros sete parlamentares deixaram o partido nesta segunda-feira (18) devido à abordagem de Jeremy Corbyn, líder da sigla, em relação ao brexit. Além disso, em uma discussão sobre antissemitismo, Corbyn teria dito que o principal grupo de oposição britânico havia sido “sequestrado pela política mecânica da esquerda”.
Na carta publicada em suas redes sociais, Ryan acusa o Partido Trabalhista de estar infestado com opiniões antissemitas desde que Corbyn assumiu a liderança, em 2015. Segundo a parlamentar, o problema não existia antes de seu comando da sigla.
Corbyn é criticado pela demora do partido em punir casos de preconceito e críticas agressivas contra Israel em discursos e postagens em redes sociais. O próprio líder foi questionado por defender a permanência de um mural considerado antissemita em Londres, em uma publicação no Facebook em 2012, que veio à tona no ano passado.
Ryan, que está no Parlamento desde 1997, fará parte de uma dissidência independente. Os sete membros que saíram do partido na segunda-feira irão continuar no Parlamento sob o título de “O grupo independente”.
A 39 dias do fim do prazo para a efetivação do brexit, divisões sobre a saída têm fragmentado a política britânica, que enfrenta rachas em partidos tradicionais.
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