Centenas de pessoas saíram às ruas da capital da Polônia, Varsóvia, nesta terça (7) para protestar contra a detenção de uma artista que pregou cartazes com imagens da Virgem Maria usando uma coroa com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT.
Elzbieta Podlesna foi interrogada por quase cinco horas na segunda-feira (6) após a polícia invadir sua casa, na capital, de acordo com o jornal Gazeta Wyborcza. Ela está em liberdade, mas pode ser condenada a até dois anos de prisão por ofender crenças religiosas.
O promotor responsável pelo caso se limitou a dizer que ela é suspeita em uma investigação em andamento.
O ministro do interior, Joachim Brudzinski, agradeceu à polícia por prender “uma pessoa suspeita de ter profanado a imagem da Virgem Negra [de Czestochowa], que é sagrada para os poloneses há séculos”.
O caso trouxe à tona as divisões dentro da sociedade polonesa, que tem forte tradição católica, semanas antes das eleições para os parlamentos nacional e europeu, nas quais o partido conservador Lei e Justiça (PiS), atualmente no poder, planeja fazer campanha contra os direitos LGBT.
“[Este episódio] é importante porque estamos vendo um ataque à comunidade LGBT, e, além disso, um ataque aos ativistas. Eles querem nos assustar”, disse a manifestante Anna Pietrucha, 26, que levava um cartaz com a imagem.
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