Israel voltou a atacar a Síria neste domingo (2) à noite, informou a agência oficial de notícias sírias, Sana. A segunda ofensiva de disparo de mísseis em menos de 24 horas foi dirigida contra uma base aérea da província de Homs.
Cinco pessoas morreram —dentre elas um soldado— e outros dois soldados ficaram feridos, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O ataque também causou danos a um depósito de armas.
Mais cedo no domingo, mísseis israelenses contra a Síria mataram outros dez combatentes —três soldados sírios e sete estrangeiros aliados do governo de Bashar al-Assad—, anunciou neste domingo (2) a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
O ataque ocorreu nas proximidades de Damasco, onde se encontram forças sírias, iranianas e do movimento xiita libanês Hizbollah. As nacionalidades dos estrangeiros não foram informadas, afirmou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.
Segundo Israel, os ataques foram um revide a mísseis enviados primeiramente pela Síria.
O ataque de Israel na Síria é o segundo em menos de uma semana. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que ordenou os bombardeios como resposta aos mísseis lançados pela Síria na noite da última terça-feira (28).
A defensa antiaérea síria respondeu aos disparos israelitas, segundo a imprensa local.
"Não vamos tolerar tiros em nosso território", disse Netanyahu em comunicado. O exército israelense considera o regime sírio "responsável por toda ação tomada contra Israel".
Isso ocorre em um contexto de aumento da tensão no Oriente Médio entre os Estados Unidos e o Irã.
O exército israelense relatou dois disparos de mísseis da Síria na noite de sábado (1º) contra o Monte Hermon, nas colinas ocupadas do Golã.
As Forças Armadas israelenses afirmaram ter respondido atacando "duas baterias de artilharia sírias, vários postos de inteligência e observação nas colinas de Golã e uma bateria de defesa aérea SA-2".
"Durante os ataques, um sistema de defesa aérea israelense foi ativado devido ao disparo da defesa antiaérea síria, e nenhum foguete explodiu em Israel", acrescentou o Exército israelense.
Em Damasco, a defesa aérea síria teria agido contra "mísseis inimigos" disparados de Israel contra "posições" no sudoeste da capital, segundo uma fonte militar citado pela agência local.
De acordo com o OSDH, os ataques tiveram como alvo "depósitos e posições" de forças sírias, forças iranianas e combatentes do Hizbollah, especialmente em Kesswa, a sudoeste de Damasco.
O Golã é um território estratégico, principalmente para os seus recursos hídricos, e foi conquistado por Israel em 1967 durante a guerra árabe-israelense e anexado em 1981. A ONU considerada um "território ocupado" de forma ilegal.
Os últimos bombardeios na Síria contra Israel ocorreram em 28 de maio, quando um míssil israelense atingiu a província de Quneitra e matou um soldado sírio. Em janeiro, bombardeou posições iranianas na Síria e causou 21 mortes, segundo o OSDH.
Desde o início do conflito na Síria, em 2011, Israel executou vários ataques contra o regime Bashar al-Assad, mas também contra os aliados de Damasco, Irã e Hizbollah, ambos presentes militarmente no país em guerra.
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