Dois ataques israelenses de mísseis matam quinze combatentes na Síria

Disparos tiveram como alvo região nas proximidades de Damasco, além de base aérea em Homs

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Beirute | AFP

Israel voltou a atacar a Síria neste domingo (2) à noite, informou a agência oficial de notícias sírias, Sana. A segunda ofensiva de disparo de mísseis em menos de 24 horas foi dirigida contra uma base aérea da província de Homs.

Cinco pessoas morreram —dentre elas um soldado—  e outros dois soldados ficaram feridos, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O ataque também causou danos a um depósito de armas.

Mais cedo no domingo, mísseis israelenses contra a Síria mataram outros dez combatentes —três soldados sírios e sete estrangeiros aliados do governo de Bashar al-Assad—, anunciou neste domingo (2) a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

O ataque ocorreu nas proximidades de Damasco, onde se encontram forças sírias, iranianas e do movimento xiita libanês Hizbollah. As nacionalidades dos estrangeiros não foram informadas, afirmou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.

Segundo Israel, os ataques foram um revide a mísseis enviados primeiramente pela Síria.

Soldado israelense na zona militar na região das colinas do Golã, na Síria
Soldado israelense na zona militar na região das colinas do Golã, na Síria - Jalaa Marey/AFP

O ataque de Israel na Síria é o segundo em menos de uma semana. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que ordenou os bombardeios como resposta aos mísseis lançados pela Síria na noite da última terça-feira (28).​

A defensa antiaérea síria respondeu aos disparos israelitas, segundo a imprensa local.

"Não vamos tolerar tiros em nosso território", disse Netanyahu em comunicado. O exército israelense considera o regime sírio "responsável por toda ação tomada contra Israel".

Isso ocorre em um contexto de aumento da tensão no Oriente Médio entre os Estados Unidos e o Irã.

O exército israelense relatou dois disparos de mísseis da Síria na noite de sábado (1º) contra o Monte Hermon, nas colinas ocupadas do Golã.

As Forças Armadas israelenses afirmaram ter respondido atacando "duas baterias de artilharia sírias, vários postos de inteligência e observação nas colinas de Golã e uma bateria de defesa aérea SA-2".

"Durante os ataques, um sistema de defesa aérea israelense foi ativado devido ao disparo da defesa antiaérea síria, e nenhum foguete explodiu em Israel", acrescentou o Exército israelense.

Em Damasco, a defesa aérea síria teria agido contra "mísseis inimigos" disparados de Israel contra "posições" no sudoeste da capital, segundo uma fonte militar citado pela agência local.

De acordo com o OSDH, os ataques tiveram como alvo "depósitos e posições" de forças sírias, forças iranianas e combatentes do Hizbollah, especialmente em Kesswa, a sudoeste de Damasco.

O Golã é um território estratégico, principalmente para os seus recursos hídricos, e foi conquistado por Israel em 1967 durante a guerra árabe-israelense e anexado em 1981. A ONU considerada um "território ocupado" de forma ilegal.

Os últimos bombardeios na Síria contra Israel ocorreram em 28 de maio, quando um míssil israelense atingiu a província de Quneitra e matou um soldado sírio. Em janeiro, bombardeou posições iranianas na Síria e causou 21 mortes, segundo o OSDH.

Desde o início do conflito na Síria, em 2011, Israel executou vários ataques contra o regime Bashar al-Assad, mas também contra os aliados de Damasco, Irã e Hizbollah, ambos presentes militarmente no país em guerra.

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