Descrição de chapéu Governo Trump

Rússia proíbe visita de senadores americanos a Moscou

Negativa repercute um dia após Trump defender reintegração do país ao G7

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Washington | Reuters

Dois senadores americanos, um democrata e o outro republicano, afirmam que a Rússia negou a eles vistos para uma viagem a Moscou na próxima semana. 

A negativa repercute um dia após o presidente Donald Trump reafirmar, no encerramento da cúpula do G7, seu desejo por reintegrar o país eslavo ao clube de países ricos, do qual foi banido em 2014.

O senador democrata Chris Murphy, que teve seu visto negado
O senador democrata Chris Murphy, que teve seu visto negado - Joshua Roberts - 13.dez.18/Reuters

"Independentemente desta pequena afronta, continuarei defendendo uma resposta forte e resoluta à agressão russa —e ao diálogo franco, quando possível”, afirmou o senador republicano Ron Johnson, nesta segunda-feira (26), em nota divulgada em seu site.

O democrata Chris Murphy, que também teve seu visto negado, lamentou que o país de Vladimir Putin não esteja interessado em dialogar. 

"Com o colapso dos acordos recentes para o controle de armas e a significante oposição interna ao governo autoritário de Vladimir Putin, este é, potencialmente, um momento perigoso para o relacionamento frágil entre nossas nações", afirmou Murphy em nota.

Murphy e Johnson são membros do Comitê de Relações Exteriores da Casa e já tiveram posições favoráveis a sanções contra a Rússia. De acordo com o New York Times, a suposta interferência de Moscou nas eleições presidenciais de 2016 levou Murphy a apoiar medidas duras no Senado contra o país.​

Em um tuíte no qual chamou Johnson de "russofóbico", a embaixada da Rússia em Washington negou que o senador tenha solicitado visto e afirmou que ele distorce a política externa russa e faz comentários rudes.

"Com base nisso, é improvável que alguém possa levar a sério suas declarações de supostas intenções para restabelecer o diálogo direto com parlamentares russos", declarou a embaixada, que não comentou o caso de Murphy.

O órgão russo ainda afirmou que há tempos tem solicitado aos Estados Unidos que deem o primeiro passo e removam os nomes de seus legisladores de listas restritivas para viagens. 

Neste mês, em um conflito diplomático semelhante, o governo de Israel negou visto às deputadas democratas Ilhan Omar, de Minnesota, e Rashida Tlaib, de Michigan, que pretendiam visitar a Cisjordânia. 

Omar e Tlaib são as primeiras mulheres muçulmanas eleitas para o Congresso americano. Ambas defendem a causa palestina e apoiam um movimento de boicote a Israel. 

O veto ocorreu após pressão do presidente americano, Donald Trump. Elas fazem parte do grupo formado por congressistas democratas de esquerda que se tornou um de seus principais alvos.

De acordo com o jornal The Washington Post, foi a primeira vez na história que Israel vetou a entrada de congressistas americanos.

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