Manifestantes pedem ajuda a Trump e cantam hino americano em Hong Kong

Parlamentares dos EUA devem discutir projeto sobre território no Congresso

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Hong Kong | Reuters

A polícia de Hong Kong jogou gás lacrimogêneo para dispersar, neste domingo (8), milhares de manifestantes que se reuniram em frente ao consulado americano para pedir ajuda aos EUA.

Os ativistas cantaram o hino nacional americano enquanto seguravam cartazes com frases pró-democracia. 
 
“Lute pela liberdade, lute por Hong Kong”, diziam os ativistas, que entregaram petições ao consulado dos Estados Unidos. 

Manifestante com a bandeira americana em Hong Kong em frente à embaixada dos EUA
Manifestante com a bandeira americana em Hong Kong em frente à embaixada dos EUA - Vivek Prakash/AFP

O secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, pediu moderação à China neste sábado (7), depois que a polícia de Hong Kong impediu manifestantes de chegarem ao aeroporto do país para protestar

Em plena guerra comercial com Washington, a China afirma que a situação de Hong Kong é um assunto interno e acusa os Estados Unidos de incentivarem os protestos, o que poderia causar danos à economia.

A China retomou o controle do território de Hong Kong em 1997. 

Nos EUA, parlamentares pretendem dar prioridade à questão na próxima semana, quando voltam do recesso.

Uma proposta no Congresso americano chamada de “Ato pelos Direitos Humanos e Democracia de Hong Kong” visa a permitir o congelamento de bens e impedir a entrada em solo americano de oficiais do governo de Hong Kong que ameacem a autonomia do território.

Manifestantes em Hong Kong fazem protestos na expectativa da proposta ser aprovada na íntegra.

Protestos continuam

Como resposta à crise em Hong Kong, a chefe-executiva Carrie Lam afirmou na semana passada que vai retirar oficialmente o projeto de lei de extradição que detonou uma onda de manifestações no território nos últimos meses.

O projeto, que já estava suspenso desde junho, permitiria a extradição de presos para serem julgados pelos tribunais controlados pelo Partido Comunista na China continental.

Os ativistas, porém, seguem protestando. Neste domingo (8), Joshua Wong, um dos líderes do grupo pró-democracia chamado Guarda-Chuva, foi preso novamente no aeroporto, quando voltava de uma viagem à Alemanha e aos Estados Unidos, por ter violado regras de sua condicional.

Ele pode ser liberado novamente nesta segunda-feira (9).

Durante os protestos de domingo, a polícia perseguiu manifestantes em frente ao consulado e na região central, até que eles se dispersaram pelas regiões de Wan Chai e Causeway Bay.

Os ativistas fizeram barricadas, colocaram fogo em ruas e danificaram estações de metrô.

O distrito central, onde estão bancos, joalherias e lojas de marca de luxo, foi coberto de grafites e teve fachadas e janelas quebradas.

As manifestações já duram meses e vêm sendo combatidas pela polícia com canhões de água, balas de borracha e gás lacrimogêneo. 

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.