Ladrões roubam joias de 1 bilhão de euros de museu na Alemanha

Dupla cortou eletricidade de instituição em Dresden que possui coleção barroca

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Berlim | AFP e Reuters

Dois ladrões roubaram joias com diamantes, rubis e esmeraldas com valor estimado em 1 bilhão de euros (R$ 4,63 bilhões) de um museu de Dresden, no leste da Alemanha, pouco antes do amanhecer desta segunda (25), informou a diretora da instituição, Marion Ackermann.

Os invasores teriam cortado o fornecimento de eletricidade no Museu Grünes Gewölbe (cofre verde) —que abriga uma das maiores coleções de joias barrocas da Europa e fica localizado dentro de um castelo, o Palácio Real— antes de roubarem três peças do século 18, fugindo logo em seguida.

Eles entraram por uma janela e quebraram três vitrines para pegar as peças, de acordo com imagens de câmeras de segurança. As joias não tinham seguro.

Descrevendo as obras roubadas como "de valor inestimável", a diretora do museu Marion Ackermann disse que seria impossível vendê-las no mercado aberto.

Pouco antes do crime, um incêndio destruiu um transformador elétrico perto da instituição, interrompendo o fornecimento de energia para a região. Os investigadores trabalham com a hipótese de que isto está relacionado com o crime.

A polícia isolou o museu e disse que ainda estava tentando descobrir quais peças exatamente foram roubadas. "Nós não identificamos um criminoso e nem fizemos nenhuma prisão", disse o porta-voz Marko Laske.

Mais tarde na segunda, a polícia disse que os ladrões escaparam em um Audi A6, mesmo tipo de veículo que pegou fogo em um estacionamento subterrâneo depois do roubo. Até o momento ninguém foi preso.

O roubo foi um golpe para todo o estado, disse o ministro presidente da região da Saxônia, Michael Kretschmer. "As obras no museu e no palácio foram construídas pelo povo da Saxônia com muitos séculos de trabalho duro", disse ele.

Segundo as autoridades dos museus da cidade, os ornamentos roubados eram "parte do patrimônio cultural do mundo".

A instituição possui uma das coleções de joias mais antigas da Europa: peças únicas de ourives, pedras preciosas, porcelanas, além de esculturas de marfim, âmbar e bronze.

Foi fundada por Augusto, o Forte —mais tarde rei da Polônia— no século 18, que financiava a criação de joias exuberantes para competir com o rei Luís 15, da França.

Parte do museu foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial durante bombardeio dos Aliados em fevereiro de 1945, antes de ser reconstruído. Em seguida, parte de sua coleção foi apreendida pela União Soviética como espólio de guerra, retornando a Dreden anos mais tarde, em 1958. 

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