Inteligência dos EUA afirma que Rússia está interferindo nas eleições a favor de Trump

Presidente teme que democratas usem informação contra ele em suas campanhas

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Washington | The New York Times

Oficiais de Inteligência dos EUA alertaram deputados na semana passada que a Rússia está interferindo nas eleições presidenciais deste ano a favor de Donald Trump, relataram cinco pessoas familiarizadas com o assunto ao New York Times. 

O presidente criticou a decisão dos oficiais de compartilhar essa informação com membros do Comitê de Inteligência da Câmara, temendo que democratas pudessem explorar o fato em suas campanhas para prejudicá-lo.

Um dia após a reunião com os parlamentares, ocorrida em 13 de fevereiro, Trump repreendeu o diretor interino de inteligência nacional, Joseh Maguire, por permitir que isso acontecesse, disseram pessoas com conhecimento do diálogo.

O presidente teria ficado especialmente irritado com a presença do deputado Adam Schiff, da Califórnia, que liderou o processo de impeachment contra ele.

Durante a reunião com o Comitê de Inteligência da Câmara, os aliados de Trump contestaram as informações, argumentando que o republicano tem adotado uma postura dura com a Rússia.

Alguns funcionários da Inteligência americana viram o compartilhamento como um erro tático, dizendo que, se o agente tivesse dado menos detalhes ou excluído o assunto da pauta, teria sido possível evitar a irritação dos republicanos. 

A funcionária em questão é Shelby Pierson, assessora de Maguire conhecida por comunicar informações sensíveis de forma seca e sem rodeios.

​Embora alguns ex e atuais oficiais da agência especularem que a reunião pode ter sido o principal motivo para a demissão de Maguire —nos últimos dias, ele disse a pessoas próximas que acreditava que continuaria no cargo—, dois funcionários do governo disseram que foi mera coincidência.

Ele deixou o posto na quarta-feira (19), quando Trump nomeou o então embaixador americano na Alemanha, Richard Grenell, como diretor interino do órgão. 

Porta-vozes do Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional e de seu escritório de segurança eleitoral se negaram a comentar. Um porta-voz da Casa Branca não respondeu aos pedidos de comentário.

Um funcionário do Comitê de Inteligência da Câmara chamou a reunião de 13 de fevereiro de uma atualização importante sobre a integridade de nossas próximas eleições e disse que membros de ambos os partidos compareceram, incluindo o deputado Devin Nunes, da Califórnia, o principal republicano do Comitê.

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