O presidente francês, Emannuel Macron, não apresenta mais nenhum sintoma de Covid-19, de acordo com comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu nesta quinta-feira (24).
Ele vai encerrar a quarentena depois de ter se isolado durante sete dias em um outro endereço presidencial, perto do Palácio de Versalhes.
Segundo o Eliseu, o presidente, que leva um estilo de vida saudável, exercita-se regularmente e não fuma, apresentou dor de cabeça, tosse e cansaço.
Macron, 43, recebeu o diagnóstico no dia 17 e disparou uma reação em cadeia de testes e isolamentos na Europa por ter participado de muitos encontros com outros líderes nos dias anteriores.
Segundo o governo francês, o diagnóstico foi feito após um teste de PCR realizado no início dos primeiros sintomas.
Todas as viagens do líder francês foram canceladas, incluindo uma visita ao Líbano agendada para o dia 22.
A primeira-dama da França, Brigitte Macron, 67, também ficou em isolamento, embora, segundo seu gabinete, ela não tenha apresentado sintomas de infecção e tenha obtido resultado negativo no teste de detecção do patógeno.
A França registrou mais de 2,5 milhões de infecções pelo novo coronavírus, segundo dados da universidade Johns Hopkins. Pelo menos 62 mil pessoas morreram em decorrência da doença.
No domingo (20), o governo francês tinha anunciado o fechamento das fronteiras impedindo a entrada de todos os passageiros vindos do território britânico por 48 horas —tanto os que chegam por ar quanto os que viajam pelo mar, por ferrovias ou estradas.
O veto caiu à meita-noite de terça (22), mas deixou um rastro de filas de caminhões e confusão perto do porto de Dover. Havia milhares de caminhoneiros parados, tentando conseguir fazer o diagnóstico de coronavírus, obrigatório para entrar em território francês depois de cruzar o Canal da Mancha.
Outros líderes que tiveram Covid-19
MARÇO
Boris Johnson, 56
premiê do Reino Unido (ficou três dias na UTI)
Albert, 62
príncipe de Mônaco
JUNHO
Nikol Pashinyan, 45
premiê da Armênia
Juan Orlando Hernandez, 52
presidente de Honduras
JULHO
Jair Bolsonaro, 65
presidente do Brasil
Jeanine Añez, 53
presidente interina da Bolívia
Aleksandr Lukachenko, 66
ditador da Belarus
SETEMBRO
Alejandro Giammattei, 64
presidente da Guatemala
OUTUBRO
Donald Trump, 74
presidente dos Estados Unidos (ficou 3 dias internado)
Boyko Borissov, 61
premiê da Bulgária
Abdelmadjid Tebboune, 75
presidente da Argélia (ficou 47 dias internado)
NOVEMBRO
Andrej Plenkovic, 50
premiê da Croácia
DEZEMBRO
Ion Chicu, 48
premiê de Moldova
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