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Yang Wanming

Novo desenvolvimento da China traz novas oportunidades para o mundo

Ações contribuirão para crescimento sustentável e motivarão cooperação internacional na indústria verde

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Yang Wanming

Embaixador da China no Brasil

Dias atrás, foram concluídas em Pequim as sessões anuais da Assembleia Popular Nacional e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, eventos de grande importância na vida política da China.

Na ocasião, foram traçadas, de forma sistemática, as metas e a trajetória para o desenvolvimento econômico e social do país nos próximos cincos anos, mais um período adicional, levando em consideração as mudanças dos fatores condicionantes tanto internos como externos.

O crescimento chinês vai aderir a um conceito baseado em inovação, coordenação, sustentabilidade, abertura e compartilhamento. No novo paradigma a ser construído, a circulação doméstica será o esteio, e as circulações domésticas e internacionais vão se reforçar mutuamente, viabilizando, assim, um desenvolvimento de melhor qualidade e maior eficiência, com mais justiça, sustentabilidade e segurança.

Trabalhadores em fábrica da indústria automobilística na província de Heilongjiang, na China
Trabalhadores em fábrica da indústria automobilística na província de Heilongjiang, na China - Wang Jianwei - 25.fev.21/Xinhua

Isso não diz respeito apenas ao futuro da China e traz oportunidades também para o Brasil e o mundo.

O potencial do mercado chinês será plenamente liberado. A China é a segunda maior economia do mundo e seu PIB per capita já superou a casa dos US$ 10 mil. Com esforço árduo, a China foi a única economia principal a registrar crescimento em 2020, apesar dos desafios impostos pela pandemia da Covid-19.

Além disso, o país cumpriu, dez anos antes do previsto, a meta estabelecida pelas Nações Unidas para a redução da pobreza, erradicando no seu território a pobreza extrema. A previsão para este ano é de que a economia chinesa cresça pelo menos 6%. Em cinco anos, a taxa de urbanização chegará a 65%, e a diferença de renda entre residentes urbanos e rurais continuará em queda.

Em mais uma década, estima-se que a classe média crescerá dos atuais 400 milhões para 800 milhões a 900 milhões e que o país importará mais de US$ 22 trilhões em mercadorias em termos cumulativos. Tudo isso certamente propiciará um enorme mercado para uma gama diversificada de produtos, tecnologias e serviços de qualidade oriundos de outros países.

A abertura chinesa subirá a um novo patamar. Um dos países com o mais alto grau de abertura do mundo, a China é o maior parceiro comercial de mais de 130 países e territórios. Dando continuidade ao seu processo de abertura, a China adotará medidas concretas para promover a liberalização e a facilitação do comércio e dos investimentos e construirá uma rede global de zonas de livre comércio de alto padrão.

Reduzirá ainda mais a lista negativa de acesso aos investimentos estrangeiros e fomentará a abertura ordenada do setor de serviços. Ao defender com firmeza o sistema multilateral de comércio, a China está disposta a compartilhar seu grande mercado, aberto e cheio de oportunidades, dando novo ímpeto à recuperação da economia mundial.

A inovação científico-tecnológica da China será mais sofisticada. Nos últimos cinco anos, a China, como vice-líder mundial no investimento em pesquisa e desenvolvimento, ocupa o 14º lugar no ranking global de capacidade de inovação, a melhor colocação entre as economias de renda média.

Daqui a cinco anos, o investimento em pesquisa e desenvolvimento aumentará em média 7% ao ano, e a estratégia de desenvolvimento movido pela inovação trará a transformação das indústrias tradicionais, o fortalecimento dos setores emergentes de importância estratégica e uma nova vantagem para a economia digital. A parceria na inovação tecnológica e industrial será um novo campo de relevância para a cooperação chinesa com o exterior.

A economia verde ganhará mais força na China. Por vários anos consecutivos, a China tem sido o maior investidor mundial em energias renováveis, além de ter a maior capacidade instalada e de geração de fontes renováveis.

No próximo quinquênio, para cada unidade do PIB, o consumo de energia cairá 13,5%, e a emissão de dióxido de carbono, 18%, enquanto a taxa de cobertura florestal aumentará para 24,1%.

Para esse fim, o país planeja otimizar sua estrutura industrial e sua matriz energética, incentivar a pesquisa e a aplicação de tecnologias, equipamentos e produtos de conservação de energia e promover o desenvolvimento dos setores de sustentabilidade e de novas energias.

Esse conjunto de ações contribuirá para o crescimento sustentável do mundo e motivará a cooperação internacional na indústria verde. Num contexto de transformações profundas no mundo, a China está inaugurando uma nova jornada de desenvolvimento. Ao lado do Brasil e demais países, vamos trabalhar com solidariedade e parceria para vencer os desafios e criar um futuro promissor para a humanidade.

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