O governo de Joe Biden vai retirar a proibição de viagens entre os Estados Unidos e oito países do sul da África à meia-noite de 31 de dezembro, informou a Casa Branca nesta sexta-feira (24).
A decisão reverte as restrições impostas no mês passado para combater a propagação da variante ômicron. Líderes dos países africanos chamaram a decisão de injusta e discriminatória, afirmando que ela foi feita sem base científica.
Assim, cidadãos estrangeiros impedidos de entrar nos EUA porque estiveram em um desses países nos 14 dias anteriores serão novamente permitidos a partir da 0h01 de 31 de dezembro, afirmou um oficial sênior do governo americano à agência de notícias Reuters.
Em 29 de novembro, os EUA proibiram a entrada de quase todos os cidadãos não americanos que haviam estado recentemente na África do Sul, em Botswana, no Zimbábue, na Namíbia, em Lesoto, no Eswatini, em Moçambique e no Maláui. A decisão de suspender as restrições foi recomendada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças. "As restrições nos deram tempo para entender a ômicron e sabemos que nossas vacinas existentes funcionam contra a ômicron, especialmente com a dose de reforço", disse Kevin Munoz, porta-voz da Casa Branca, numa rede social.
"Isso não foi feito para manter a ômicron fora. Sabíamos que não poderíamos fazer isso. O objetivo era reduzir o número de casos que chegavam naqueles primeiros dias e semanas", acrescentou.
As restrições não impediram que voos ou americanos retornassem do sul da África. As agências de saúde pública dos EUA haviam recomendado a retirada das restrições de viagem porque mantê-las não teria impacto significativo nos casos do país, dada a atual transmissão generalizada, a confiança de que uma vacina específica para a ômicron não seria necessária e o fato de que os imunizantes e doses de reforço existentes são eficazes.
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