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Washington Post vence Pulitzer por cobertura de invasão do Capitólio

Principal premiação de jornalismo dos EUA homenageia repórteres ucranianos com menção honrosa

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Reuters

O Washington Post ganhou o prêmio Pulitzer, o mais importante do jornalismo americano, pela cobertura da invasão do Capitólio dos EUA por apoiadores do ex-presidente Donald Trump, em janeiro de 2021.

O jornal foi o vencedor na categoria serviço público, que costuma receber maior destaque, por "seu relato convincente e vívido do ataque em 6 de janeiro do ano passado, fornecendo ao público uma compreensão completa e inflexível de um dos dias mais sombrios do país", disse Marjorie Miller, chefe do Pulitzer.

Apoiadores de Trump se reúnem em frente ao Congresso dos EUA
Apoiadores de Trump se reúnem em frente ao Congresso dos EUA - Leah Millis - 6.jan.21/Reuters

Os eventos daquele dia —quando, insuflada por Trump, uma turba interrompeu a contagem de votos no Congresso que oficializavam a vitória de Joe Biden à Presidência— também renderam um Pulitzer na categoria de fotografia de notícias urgentes para a equipe da agência Getty Images formada por ​Win McNamee, Drew Angerer, Spencer Platt, Samuel Corum e Jon Cherry.

A edição deste ano da premiação ainda concedeu menção honrosa a todos os jornalistas da Ucrânia, pela cobertura da invasão russa. Já na categoria de notícias urgentes, o jornal Miami Herald venceu devido ao trabalho feito na cobertura do colapso de um edifício de alto padrão que matou 98 pessoas.

O jornal The New York Times ganhou três premiações: um de cobertura nacional, pelas reportagens sobre mortes em blitze policiais; outro para cobertura internacional, pela análise dos fracassos da guerra dos EUA no Oriente Médio; e um terceiro para Salamishah Tillet, dedicada a textos sobre raça na cultura.

Além disso, Andrea Elliott, repórter do New York Times, foi premiada na categoria de não ficção pelo livro "Invisible Child: Poverty, Survival and Hope in an American City" (crianças invisíveis: pobreza, sobrevivência e esperança em uma cidade americana), baseado numa série de 2013 publicada no jornal.

Na categoria fotografia especial, uma equipe da Reuters, incluindo Danish Siddiqui, morto em julho de 2021 enquanto cobria a guerra no Afeganistão, foi vencedora pela cobertura da crise da Covid na Índia.

Os prêmios, concedidos desde 1917, surgiram como um desejo do influente editor de jornais Joseph Pulitzer, que morreu em 1911 e deixou em seu testamento uma verba para ajudar a iniciar uma escola de jornalismo na Universidade Columbia e criar a premiação. Atualmente, há 15 categorias para reportagens e fotografia, além de sete prêmios em literatura, teatro e música. Um conselho formado por editores seniores dos principais meios de comunicação e acadêmicos dos EUA preside o processo de julgamento.

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