Bolsonaro lamenta morte de Abe e diz que inimigo na maioria das vezes está dentro do país

Ex-premiê do Japão foi assassinado a tiros durante ato de campanha eleitoral

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Recife e Pirassununga (SP)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou, na manhã desta sexta-feira (8), o assassinato do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, morto a tiros durante ato de campanha eleitoral na cidade de Nara.

O chefe do Executivo brasileiro manifestou pesar pela morte do ex-premiê durante agenda no interior de São Paulo. "Me traz à memória os momentos que tive com ele no Brasil e no Japão e o carinho que temos com a comunidade japonesa que vive no nosso país", disse Bolsonaro durante discurso em Pirassununga.

"Um homem afável, inteligente, patriota, que em todas as vezes em que estivemos juntos buscou o bem-estar da sua população, bem como ouvindo o que poderia colaborar para com o nosso povo brasileiro."

O presidente Jair Bolsonaro e o então premiê do Japão, Shinzo Abe, durante reunião do G20 em Osaka
O presidente Jair Bolsonaro e o então premiê do Japão, Shinzo Abe, durante reunião do G20 em Osaka - Ludovic Marin - 27.jun.19/Pool/AFP

O presidente decretou luto oficial de três dias no Brasil em razão da morte de Abe —a determinação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. "É o preço por lutar pelo seu país. Muitas vezes, ou na maioria das vezes, o inimigo não está lá fora, está dentro da nossa pátria", acrescentou Bolsonaro.

Embora não tenha feito referência direta ao episódio, Bolsonaro foi alvo de um atentado, também durante um ato de campanha eleitoral, em 2018. Ele sofreu uma facada na barriga em Juiz de Fora (MG).

No caso de Abe, ainda é incerta a motivação do ataque. Já a facada contra Bolsonaro é envolta por especulações e teorias da conspiração. O relatório parcial do segundo inquérito aberto pela Polícia Federal concluiu que, segundo as evidências encontradas, não houve mandante, e o autor agiu sozinho.

Mais cedo, Bolsonaro descreveu o assassinato de Abe, em uma publicação no Twitter, como uma "crueldade injustificável". Também agradeceu à amizade do ex-líder com o Brasil e pediu que o crime seja punido com rigor. "Estamos com o Japão." Outros chefes de Estado também lamentaram a morte de Abe.

Bolsonaro participou de cerimônia de entrega de espadins em Pirassununga. Após as falas sobre Abe, houve um momento de silêncio entre os presentes em memória do ex-premiê.

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