Leia perguntas e respostas sobre conspirações criadas após facada em Bolsonaro

Boatos a respeito do ataque cometido durante a campanha eleitoral de 2018 alimentam teorias

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Juiz de Fora e Belo Horizonte

A facada em Jair Bolsonaro (PSL) vai completar cinco anos, mas segue envolta em boatos, especulações e fake news, que alimentam teorias.

O autor do atentado, Adélio Bispo de Oliveira, está preso pelo crime no presídio federal de Campo Grande (MS). O relatório parcial do segundo inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar o caso confirmou que, pelas evidências encontradas até o momento, não houve mandante do crime e o autor agiu sozinho.

A Justiça havia determinado o arquivamento do inquérito, mas deixou em aberto a possibilidade de retomada se surgirem novos elementos na investigação.

Nesta quarta-feira (19), reportagem da Folha revela que investigação da Polícia Federal em andamento cita uma possível relação da facção criminosa PCC com pagamentos para a defesa de Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada em Jair Bolsonaro em 2018.

Entre rumores e evidências, veja o que se sabe até agora sobre o ataque de 2018 contra o então candidato, hoje presidente da República. O caso é investigado pela Polícia Federal.

A hipótese de que a facada tenha sido uma simulação foi investigada? A informação foi considerada, mas a Polícia Federal não se aprofundou na possibilidade, por considerá-la absurda. Os médicos que atenderam Bolsonaro confirmaram o ferimento a faca. Além disso, havia vestígios do DNA dele na lâmina, e a cena do ataque foi registrada por várias câmeras.

O agressor agiu por conta própria? Adélio diz que teve a ideia de matar Bolsonaro sozinho e que não recebeu ajuda. A PF não conseguiu identificar, até o momento, a participação de ninguém mais.

Por que Adélio tentou matar Bolsonaro? Ele diz que ouve a voz de Deus e que foi a mando dele que tentou matar o candidato, para "proteger o Brasil". Afirma que Bolsonaro representa ideologia da qual discorda e que seu governo teria como objetivo dizimar minorias, inclusive negros como ele. Após a prisão, laudo médico concluiu que Adélio é doente mental.

As suspeitas levantadas no documentário apócrifo "A Facada no Mito", disponível no YouTube, foram averiguadas? Sim, e descartadas. A maioria dos homens que o vídeo aponta como supostos ajudantes de Adélio eram policiais à paisana trabalhando na segurança de Bolsonaro.

Um deles, alvo de xingamentos e ameaças, pediu licença médica por causa do vídeo. Já o jovem de camiseta branca, indicado como alguém que entrega um pacote a Adélio, se identificou como apoiador do presidente e se disse indignado pelas acusações.

Seguranças de Bolsonaro facilitaram o acesso de Adélio? A hipótese, que aparece no vídeo "A Facada no Mito", foi descartada pelos investigadores, que tomaram depoimentos dos membros da escolta, de voluntários e de apoiadores que participavam do ato pró-Bolsonaro e presenciaram o crime.

Adélio agiu a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital)? A suposta ligação com o PCC também foi derrubada inicialmente. A PF confirmou que um dos advogados de defesa tem clientes da facção, mas concluiu que não há ligação entre eles e Adélio. A polícia investigou a possibilidade de que um sobrinho de Adélio, que esteve preso, tivesse algum vínculo com o grupo, mas não confirmou a suspeita.

A apuração reiniciada no ano passado, porém, contraria conclusões anteriores e aventa uma tese considerada inconsistente pela atual direção da PF, que vê fragilidades nos indícios citados.

Quem está pagando os advogados de Adélio? A dúvida é investigada pela PF. A apuração busca saber se o pagamento relatado pelos advogados realmente existiu. Autoridades ligadas ao caso, contudo, dizem acreditar que eles assumiram a causa de graça, somente para ganhar visibilidade.

Uma possibilidade agora analisada se baseia especialmente em pagamentos de acusados de integrar a facção para um dos advogados que defendeu Adélio, mas que foram feitos dois anos depois da tentativa de assassinato de Bolsonaro.

O que o advogado Zanone Manuel de Oliveira, do escritório que representa Adélio, fala sobre os honorários? Ele diz que foi procurado por uma pessoa de uma igreja evangélica frequentada por Adélio que lhe entregou R$ 5.000 em dinheiro em seu escritório. Mas, segundo o advogado, essa pessoa sumiu e não fez mais pagamentos.

Adélio já teve a oportunidade de apontar mandantes ou comparsas, se quisesse fazer isso? Sim. A PF propôs a ele um acordo de delação premiada, em outubro de 2019, mas ele rejeitou a hipótese. Adélio reiterou que a tentativa de matar Bolsonaro não foi encomendada e que, mesmo que quisesse, não teria ninguém para delatar.

Bolsonaro já apresentou alguma pista sobre quem estaria por trás do ataque? Embora faça críticas ao trabalho da PF e cobre que seja encontrado um mandante do atentado, o presidente nunca apresentou pista ou suspeita que pudesse ajudar nas investigações. Em abril de 2020, ele disse: "Eu não tenho provas pessoalmente. Eu tenho é sentimentos, sugestão para dar para a Polícia Federal".

Duas pessoas morreram na pensão onde Adélio morou? Sim. As duas mortes, ocorridas depois da facada, foram averiguadas pela PF, que descartou relação delas com o episódio. Vizinhos confirmaram as informações à Folha. Uma das vítimas, a dona da pensão, morreu de câncer. A outra foi um hóspede, que era dependente químico e nunca teve contato com Adélio nos cerca de 15 dias em que o autor do crime ficou instalado no local. A pensão fechou, e no espaço passou a funcionar um restaurante.

Adélio foi ao mesmo clube de tiro frequentado pelos filhos de Bolsonaro? Sim, ele esteve no estabelecimento na época em que morava na região de Florianópolis. A ida dele ao clube de tiro .38, frequentado pelos filhos de Bolsonaro, foi uma coincidência, segundo a PF. As investigações mostraram que Adélio escolheu o local porque era o mais próximo da casa dele. Não procede a informação de que o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) esteve no local no mesmo dia do criminoso.

Como Adélio se mantinha? Adélio teve vários empregos ao longo da vida e tinha ganho suficiente para se manter. Ao ser preso, ele possuía R$ 8.000 em uma conta no banco, recurso oriundo de parte do FGTS e de um acordo trabalhista em uma empresa de construção. Em 20 anos, trabalhou em 39 empresas, algo atípico. A PF não encontrou movimentações suspeitas nas contas dele.

A PF apreendeu quatro celulares, um notebook e cartões bancários com ele? Sim. Os aparelhos foram periciados e forneceram provas para o processo. Dois dos aparelhos, contudo, não tinham condições de uso. O notebook estava sem funcionar. Os cartões eram referentes a contas de Adélio, que foram averiguadas e não exibiram informações relevantes para a apuração. Um dos cartões, de bandeira internacional, tinha sido enviado automaticamente pelo banco, mas não chegou a ser desbloqueado pelo cliente.

A Câmara dos Deputados, em Brasília, registrou a entrada de Adélio no prédio no dia da facada? Sim, o que foi interpretado na época como uma possível tentativa de estabelecer um álibi. A Câmara informou, porém, que o registro ocorreu por engano: quando um recepcionista foi averiguar por curiosidade se Adélio já tinha estado no Congresso, ele se confundiu e, em vez de apenas pesquisar o nome, acabou anotando a entrada.

Por que Adélio foi absolvido? Como ele foi declarado inimputável (incapaz de responder pelos atos) por ter insanidade mental, o juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, decidiu aplicar a chamada absolvição imprópria, figura jurídica usada quando o réu é comprovadamente autor do crime, mas não pode ser responsabilizado por ele.

Que doença o autor do ataque tem? Laudos feitos por psiquiatras e psicólogos concluíram que Adélio sofre de transtorno delirante persistente, um quadro que inclui alucinações, sensação de perseguição e desconexão com a realidade.

O agressor está se tratando? Apesar de ter sido mantido na penitenciária federal de Campo Grande (MS) para receber tratamento em segurança, Adélio tem rejeitado medicamentos e atendimentos com profissionais de saúde mental. Ele não admite que está doente e diz que, portanto, não precisa de ajuda.

Até quando Adélio ficará preso? A Justiça decidiu que Adélio permanecerá preso por tempo indeterminado. A autorização para que ele continue na penitenciária de Campo Grande (MS), que faz parte do sistema de presídios federais de segurança máxima, tem que ser renovada a cada ano.

A família de Adélio, que mora em Montes Claros (MG), nunca visitou Adélio na cadeia, por não ter condições financeiras para providenciar a viagem até Campo Grande. Eles também afirmam que não têm auxílio dos advogados que o defendem e que não sabem quem contratou os defensores.

A Defensoria Pública da União quer convencer a Justiça de que a penitenciária em Campo Grande não é o lugar ideal para o tratamento mental do prisioneiro, que foi declarado inimputável, recebeu absolvição e é obrigado a cumprir medida de segurança, diferente de pena. A ideia é levá-lo para Minas Gerais.

Adélio foi transferido para um hospital psiquiátrico em Minas Gerais? Não. Em março de 2020, a Justiça Federal em Campo Grande autorizou sua transferência do presídio federal para um local onde possa receber tratamento adequado de saúde mental.

O local indicado para receber o autor do crime é um hospital psiquiátrico em Barbacena (MG) —a 586 km de Montes Claros (MG), onde moram seus familiares. A unidade, no entanto, não tem vaga disponível.

Em junho, o principal juiz do caso, Bruno Savino, discordou da transferência e decidiu encaminhar o assunto para o STJ (Superior Tribunal de Justiça). O ministro Joel Ilan Paciornik, em liminar, determinou que o preso fique em Campo Grande, mas o tribunal ainda analisará o mérito do caso.

Por que ele não deu entrevistas desde que foi preso? A 5ª Vara Federal de Campo Grande chegou a autorizar Adélio a falar com jornalistas da revista Veja e do SBT, mas instâncias judiciais superiores suspenderam a permissão, a pedido do MPF (Ministério Público Federal).

A justificativa foi a de que há dúvidas sobre a integridade mental do preso. Para o MPF, uma entrevista com Adélio poderia colocá-lo em uma "condição de celebridade" e pôr em risco sua segurança.

Em abril de 2020, a discussão chegou à 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), que confirmou o entendimento de que Adélio não deve conceder entrevistas porque foi declarado inimputável.

Adélio tem outros alvos além de Bolsonaro? Na cadeia, até meados de 2019, ele mantinha o plano de matar o presidente e dizia que, se um dia for solto, vai executar o que considera uma "missão divina". Também afirmava que recebeu ordens para acabar com a vida do ex-presidente Michel Temer (MDB), por sua ligação com a maçonaria, e que essa se tornou uma "questão pessoal".

Depois, contudo, o preso deixou essas ideias de lado e passou a falar sobre a vontade de ser libertado, de ficar perto da família e de voltar a trabalhar.

Por que os advogados de Bolsonaro não recorreram da absolvição?A defesa do presidente afirmou em 209 acreditar que Adélio não agiu sozinho e que ele foi apenas o executor do plano. O advogado de Bolsonaro já disse que a única medida cabível é o tratamento, mas não descartou novas medidas caso a investigação indique a participação de terceiros.

Qual é a relação de Adélio com a maçonaria? Ele já disse que se opõe à organização, por considerar que ela tem envolvimento em uma "conspiração satânica global" para prejudicar o Brasil. Em depoimentos, Adélio afirmou que a confraria quer entregar riquezas do país ao FMI (Fundo Monetário Internacional), à máfia italiana e aos maçons.

O que é a maçonaria? É uma confraria mundial, que teve origem na Idade Média e possui forte representação no Brasil. Os membros refutam a pecha de sociedade secreta e preferem classificá-la como uma instituição dedicada às bandeiras filosófica, filantrópica, educativa e progressista.

Adélio foi filiado ao PSOL? O diretório do PSOL de Uberaba (MG), onde Adélio foi filiado entre 2007 e 2014, também foi investigado. Adélio nunca participou de reuniões e se desligou por conta própria. A decisão, segundo ele, foi porque o partido não quis lançá-lo candidato a deputado federal.

Por que não apareceu sangue na camiseta de Bolsonaro?  Segundo médicos, a ausência de sangue é normal. A hemorragia após a facada ocorreu internamente, já que a musculatura abdominal se contraiu, bloqueando vazamentos. O corte na pele foi pequeno (cerca de 3 cm). O paciente chegou ao hospital com aproximadamente 2 l de sangue espalhados dentro da barriga.

Quem paga as despesas médicas de Bolsonaro?  Ele foi atendido inicialmente pelo SUS, na Santa Casa de Juiz de Fora, e depois transferido para o hospital Albert Einstein, em São Paulo. Não está claro como foi paga a conta no hospital privado referente à primeira internação, em 2018.

A assessoria de Bolsonaro dizia à época que os custos seriam cobertos pelo plano de saúde da Câmara dos Deputados, já que ele era parlamentar. O Legislativo, porém, diz que nunca recebeu pedido de reembolso. A segunda internação no Einstein, em 2019, custou R$ 400 mil e foi paga pela Presidência da República.

Bolsonaro ficou com sequelas ou consequências por causa do ataque? Segundo os médicos, não. Apesar de ter perdido parte do intestino nas três cirurgias a que foi submetido, ele tem um quadro de saúde normal e é considerado saudável.

A única consequência associada ao ataque é a possibilidade de surgimento de hérnias na região onde a barriga foi aberta para as operações. Essa foi a causa da quarta cirurgia a que Bolsonaro foi submetido desde o crime, em setembro de 2019.

Bolsonaro estava com câncer e forjou o ataque para poder se tratar sem revelar a doença?  Não. A hipótese, difundida em redes sociais, foi descartada pela Polícia Federal. Médicos que o atenderam foram questionados acerca do tema e responderam que a história desafia a lógica.

Segundo eles, seria improvável que a família resolvesse submetê-lo a uma cirurgia do tipo com médicos sem nenhuma relação com o paciente, em um hospital desconhecido, sem exames pré-operatórios.

Que interferência a facada teve para a eleição de Bolsonaro?  O presidente diz que já se considerava eleito quando sofreu o ataque, mas outros políticos e analistas dizem que o quadro eleitoral ainda estava indefinido àquela altura. Bolsonaro liderava as pesquisas e, depois da facada, assumiu de vez a dianteira.

Por causa da facada, ele se ausentou de debates na TV e passou a ter uma exposição na mídia superior à dos adversários, que, por respeito, suspenderam críticas a ele.

Hoje como presidente, Bolsonaro faz uso político do episódio? Sempre que possível, o presidente menciona que quase foi morto pela ação de um adversário. Com frequência, ele frisa que o autor foi filiado ao PSOL, um dos partidos que se opõem a ele. Também mantém as insinuações de que Adélio não agiu sozinho e que há outras pessoas e interesses por trás do ataque.

Bolsonaro relembrou o fato no discurso que fez em 2019 após a demissão do então ministro Sergio Moro (Justiça). Ele colocou o trabalho da PF no caso em xeque e insinuou que a apuração falhou ao não encontrar quem supostamente estaria por trás da tentativa de matá-lo.

Bolsonaro doou dinheiro das sobras de campanha para a Santa Casa de Juiz de Fora? Não. Embora ele tenha feito a promessa de doar parte do dinheiro arrecadado via financiamento coletivo, foi impedido pela legislação eleitoral, que veda o uso do excedente de campanha e determina a devolução dos valores à União.

A Santa Casa, no entanto, diz que recebeu R$ 1,3 milhão em doações espontâneas depois do atendimento a Bolsonaro. O montante será usado na criação de um novo CTI, com dez leitos.

Onde está a faca usada no crime? Ela será enviada para o Museu Criminal da Polícia Federal, com sede em Brasília. Antes, o objeto ficou sob a guarda da Justiça, já que foi prova no processo e teve que passar por perícia.

Adélio tinha um plano de fuga após o crime? Adélio achou que seria morto após o atentado e estava preparado para isso. Ele tinha convicção de que, se conseguisse matar Bolsonaro, os apoiadores ao redor não o deixariam sair vivo do ataque.

À PF ele afirmou que, se tivesse uma arma de fogo, teria matado Bolsonaro e os policiais da escolta. Adélio foi contido por eleitores e policiais após cometer o crime. Algumas pessoas o agrediram.

Lula (PT) disse que a facada foi forjada? Em entrevista, o ex-presidente afirmou que a facada "tem uma coisa muito estranha", já que não aparece sangue. "O cara que dá a facada é protegido pelos seguranças do Bolsonaro, a faca que não aparece em nenhum momento", disse.

Questionado novamente dias depois, afirmou que tinha suspeitas sobre o ocorrido: "Não, eu não disse que não tinha tomado, eu disse que não acreditava [que Bolsonaro levou uma facada]".

O ativista político Luciano Carvalho de Sá, o Luciano Mergulhador, foi ouvido pela PF? Sim, mas suas informações foram consideradas insatisfatórias pelos investigadores. Sá, que aparece em uma foto ao lado de Adélio durante uma manifestação em 2017, disse que não conhecia o esfaqueador e que só teve contato com ele no dia do protesto.

Sá não apresentou nenhum elemento que ligaria Adélio ao ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL), diferentemente de versões que circulam em redes sociais. O PSOL contestou as afirmações e anunciou medidas judiciais.

O vídeo postado por Bolsonaro em 2 de maio de 2020, em que supostamente alguém diz "calma, Adélio" momentos antes da facada, foi investigado? Sim, e a PF concluiu, após perícia, que a frase dita foi "calma, velho", afastando a suspeita de que outra pessoa na cena do crime conhecesse o autor ou estivesse dando apoio a ele. O homem que aparece no vídeo, no ato de campanha em Juiz de Fora, prestou depoimento. Ele fez parte da equipe de segurança de Bolsonaro e negou ter ligação com Adélio.

Qual a relação entre a investigação do caso e os ataques de Bolsonaro ao presidente da OAB? Bolsonaro reclamou da decisão da OAB de barrar na Justiça a perícia em celulares e contas bancárias do advogado que representa Adélio, Zanone Manuel de Oliveira. A OAB disse ter agido para garantir o sigilo profissional. Para o presidente, a entidade quis impedir a apuração da Polícia Federal para proteger o advogado.

Bolsonaro disse, em tom sarcástico, que poderia explicar ao presidente nacional da entidade, Felipe Santa Cruz, como o pai dele desapareceu durante a ditadura militar (1964-1985).

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