Duas torres residenciais com mais de 100 metros de altura erguidas de forma ilegal foram demolidas neste domingo (28) nos arredores de Nova Déli, na Índia. Os edifícios foram os mais altos a serem implodidos no país, segundo autoridades locais.
A demolição fez parte de uma ordem emitida pela Suprema Corte indiana, no ano passado, após a constatação de irregularidades que poderiam colocar moradores em risco. Os magistrados consideraram que os construtores violaram uma série de regras de construção, em caso considerado incomum de rigor das autoridades do país contra imobiliárias e funcionários públicos envolvidos com corrupção.
Milhares de pessoas foram obrigadas a deixar a área como forma de precaução antes da explosão controlada, que utilizou aproximadamente 3.700 kg de explosivos.
Os 32 andares da torre Apex e os 29 do Ceyane, que tinham quase mil apartamentos, desabaram em menos de dez segundos. A implosão, transmitida ao vivo pela imprensa local, levantou uma espessa nuvem de poeira. Uma multidão que acompanhava a ação aplaudiu quando os explosivos foram detonados.
Os imóveis foram alvo de uma longa batalha judicial que durou nove anos e nunca foram habitados.
A polícia disse que está avaliando se houve algum dano nos edifícios dos arredores. Moradores próximos ao local também disseram que iriam verificar se suas propriedades foram danificadas. O tráfego foi restabelecido lentamente, e os bombeiros trabalhavam para reduzir os níveis de poeira.
A Índia, terceira maior economia da Ásia, com 1,4 bilhão de habitantes, tem registrado o crescimento mais rápido do mundo e um boom no setor de construção. Nos últimos anos imobiliárias têm sido denunciadas por reduzirem os custos de construção usando materiais de qualidade inferior, enquanto funcionários públicos são acusados de suborno para ignorar os problemas.
Em Noida e em Greater Noida, nos arredores de Nova Déli, mais de 100 arranha-céus foram abandonados, desfigurando a paisagem da região.
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