China detecta objeto voador não identificado perto de cidade portuária, diz jornal

Autoridades do país estão em vias de derrubá-lo, afirma reportagem

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São Paulo

Um objeto voador não identificado foi detectado perto de Qingdao, no norte da China, segundo o jornal The Paper, de Xangai, neste domingo (12), acrescentando que as autoridades estão em vias de derrubá-lo.

O Departamento de Desenvolvimento Marinho da cidade enviou um alerta aos barcos de pesca da região para que evitem riscos, ainda de acordo com a publicação, que não disse quando o item foi avistado.

O porto de Qingdao, cidade no norte da China
O porto de Qingdao, cidade no norte da China - Li Ziheng - 27.jan.23/Xinhua

Na última semana, os Estados Unidos e o Canadá derrubaram três objetos voadores, incluindo um balão que Washington afirma ter sido enviado deliberadamente pela China para vigilância. Pequim, por sua vez, diz que se tratava de um instrumento de monitoramento para fins meteorológicos que saiu de seu trajeto.

Seja como for, o balão chinês havia sobrevoado Billings, no estado de Montana, onde fica uma base militar com silos de mísseis balísticos intercontinentais. Na sexta (10), um segundo objeto de alta altitude que estava no território americano também foi derrubado. De acordo com os EUA, o item, que passava pelo estado do Alasca, foi detectado na quinta (9) e voava a 12 km de altitude, trazendo riscos à aviação civil.

Neste sábado, num esforço conjunto, EUA e Canadá abateram outro objeto voador. Desta vez, o artefato sobrevoava Yukon, no norte canadense. Os casos elevaram as já acirradas tensões entre China e EUA e levaram ao adiamento da visita do responsável pela diplomacia americana, o secretário Antony Blinken.

Segundo o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, autoridades americanas disseram acreditar que os dois últimos episódios também envolveram balões, "mas muito menores que o primeiro".

Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, porém, afirmou que ambos os objetos não se parecem com o balão chinês derrubado e se recusou a caracterizá-los até que os destroços sejam recuperados. Na mesma toada, Trudeau disse a jornalistas que equipes estão procurando "encontrar e analisar o objeto". Ele não deu dicas sobre o que é o item, "uma ameaça razoável à aviação civil".

Uma série de casos recentes contribuiu para deteriorar as relações sino-americanas. A expansão da presença militar dos Estados Unidos no Sudeste Asiático, criticada pelos chineses, por exemplo, acontece de forma simultânea às ameaças da China contra Taiwan, ilha que Pequim considera uma província rebelde e que, portanto, deve ser integrada à sua porção continental.

Na última quinta-feira, o governo da China classificou de "totalmente irresponsáveis" as falas de Biden sobre o líder chinês, Xi Jinping. "Você consegue pensar em algum outro líder mundial que trocaria de lugar com Xi Jinping? Não é uma brincadeira. Não consigo pensar em nenhum", disse o presidente americano em entrevista ao programa PBS NewsHour. "Esse homem tem problemas enormes. Também tem muito potencial, mas, até agora, sua economia não está funcionando muito bem."

No mesmo dia, a China disse ter recusado um telefonema do secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin. Ele queria falar com seu homólogo chinês, Wei Fenghe, após o primeiro balão ser derrubado. Pequim justificou a decisão dizendo que a medida foi irresponsável e não criou um clima "propício ao diálogo".

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