Descrição de chapéu guerra israel-hamas

Famílias israelenses recebem 2º grupo de reféns divididos entre alívio e angústia

Após acordo, 17 reféns foram libertados pelo Hamas no sábado (25), mas ainda há cerca de 200 com o grupo terrorista

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Eli Berlzon
Mar Morto (Israel) | Reuters

Emily Hand fez seu aniversário de nove anos como refém em Gaza, um dia antes de se reunir com seu pai. Ele inicialmente acreditava que a filha havia sido morta nos ataques armados do Hamas no sul de Israel no 7 de Outubro —os atentados que deram origem à guerra atual.

Liberta no segundo grupo de reféns soltos pelo grupo terrorista a partir de um acordo intermediado pelo Qatar com Israel, ela apareceu em boa saúde em uma fotografia divulgada junto com outra refém, Hila Rotem, cuja mãe permanece em Gaza.

Emily Hand encontra seu pai, Thomas Hand, após ser liberta pelo Hamas
Emily Hand encontra seu pai, Thomas Hand, após ser libertada pelo Hamas - Forças de Defesa de Israel via REUTERS

Filha de um imigrante irlandês em Israel, a mãe de Emily morreu de câncer quando ela tinha 2 anos e sua família descreveu a mistura violenta de sentimentos relatados por outras famílias de reféns.

"Não encontramos palavras para descrever nossas emoções após 50 dias desafiadores e complicados", disse sua família em um comunicado. "Estamos muito felizes em abraçar Emily novamente, mas ao mesmo tempo, lembramos de Raya Rotem e de todos os reféns que ainda não retornaram."

Para os moradores do kibutz Be'eri, lar da família Hand, uma das comunidades mais afetadas pelo ataque do Hamas no mês passado, a libertação de alguns dos reféns sequestrados em 7 de outubro trouxe um certo alívio misturado com tristeza.

No hotel no mar Morto, para onde a maioria dos moradores do kibutz foi levada, houve aplausos e comemoração enquanto a comunidade assistia aos reféns sendo trazidos para Israel.

"Você não sabe, não consegue imaginar que eles virão. Você simplesmente não consegue imaginar, o que eles farão, se falarão sobre isso", disse Talia, 10, amiga de Emily Hand. "Temos muitas perguntas, todos querem perguntar a eles, o que aconteceu lá, o que fizeram com eles, se comeram e beberam."

Mais de 100 pessoas foram mortas durante o ataque ao kibutz, localizado a poucos quilômetros da cerca de segurança com Gaza que foi violada por homens armados do Hamas nas primeiras horas de 7 de outubro. A comunidade se tornou um dos símbolos mais fortes do sofrimento causado pelo ataque.

Mais de 1.200 israelenses e estrangeiros foram mortos e cerca de 240 foram sequestrados como reféns.

Desde então, Israel prometeu destruir o Hamas e trazer os reféns de volta para casa, desencadeando bombardeios na Faixa de Gaza que resultou na morte de mais de 14,8 mil pessoas, segundo autoridades de saúde palestinas.

Após cerca de seis semanas de combate, a libertação de 13 reféns israelenses e quatro estrangeiros no sábado ocorreu como parte de um acordo para libertar 50 reféns em troca de 150 prisioneiros palestinos de cadeias israelenses.

Uma vez que a trégua de quatro dias terminar, comandantes israelenses e o Hamas disseram esperar que os combates sejam retomados. O futuro dos reféns que permanecem em Gaza ainda é incerto.

"Esta é a alegria mais triste e a tristeza mais feliz, mas nossa família está em casa", disse Inbal Tzach, cuja prima Adi Shoham estava visitando Be'eri, junto com seus filhos Nave, 8, e Yahel, 3, quando a família foi sequestrada.

No entanto, com o marido de Adi, Tal, ainda em Gaza, ela disse que ainda há um longo caminho a percorrer. "Esta é uma noite emocionante para as famílias que receberam seus entes queridos. Continuaremos a luta até que todos voltem para casa".

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