Um dos reféns israelenses mantido em cativeiro na Faixa de Gaza desde o ataque do Hamas em 7 de outubro foi declarado morto, anunciaram na sexta-feira (3) as autoridades israelenses e os familiares.
Dror Or, de 49 anos, que era considerado um refém até recentemente, teria sido morto em sua casa e seu corpo levado à Gaza. O comunicado do kibutz Be'eri, onde a vítima vivia e que foi um dos mais afetados durante o ataque, indica que seu corpo está retido no local desde o início do conflito.
A esposa dele, Yonat, foi morta no ataque e dois de seus três filhos, Noam e Alma, 17 e 13 anos respectivamente, foram sequestrados e libertados depois na trégua entre Israel e Hamas no final de novembro.
"Está agora confirmado que Dror Or, sequestrado pelo Hamas em 7 de outubro, foi assassinado e seu corpo está retido em Gaza", disse o governo israelense em sua conta oficial na rede social X, precisando que seus três filhos, Alma, Noam e Yahli, eram agora órfãos.
De acordo com a RTP (Rádio e Televisão de Portugal), Dror Or era um dos reféns com nacionalidade portuguesa, por ser descendente de judeus sefarditas.
O anúncio chega em plenas negociações para uma trégua nos combates em Gaza que esteja associada à libertação de reféns.
"Apenas a libertação de todos os reféns —os vivos para que se recuperem e os mortos para que sejam enterrados— garantirá o renascimento e o futuro de nosso povo", disse o Fórum das Famílias de Reféns.
Os países mediadores, Catar, Estados Unidos e Egito, aguardam a resposta do Hamas a uma nova proposta de acordo.
A guerra estourou com o ataque de outubro do Hamas, que provocou a morte de 1.170 pessoas, a maioria civis, de acordo com um balanço da AFP baseado em dados israelenses.
Além disso, os militantes islâmicos sequestraram mais de 250 pessoas.
Após uma troca de reféns por prisioneiros palestinos em novembro, as autoridades israelenses estimam que 129 sequestrados permanecem em Gaza, embora suspeitem que desde então 35 tenham falecido, incluindo Dror Or.
Em resposta, Israel lançou uma vasta ofensiva contra Gaza para aniquilar o Hamas, que deixou mais de 34.500 mortos, principalmente civis, de acordo com o Ministério da Saúde deste território governado pelo movimento islâmico.
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