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Wilson Witzel

O Rio de Janeiro vai virar o jogo

Investimentos virão com moralidade no trato público

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Governador Wilson Witzel toma posse em cerimonia de transmissão de cargo no Salão Nobre do Palácio Guanabara - Carlos Magno - 2.jan.19/Secom Rio de Janeiro

Após décadas marcadas por denúncias de corrupção na administração pública que geraram a maior crise financeira da história fluminense, o Rio de Janeiro está retomando a trajetória de desenvolvimento.

A moralidade na gestão pública que meu governo reinaugura terá repercussões importantes nos investimentos, dando segurança jurídica às muitas empresas que têm interesse em instalar ou ampliar seus negócios em nosso estado.

As últimas décadas foram perdidas para a industrialização do Rio, que ainda figura como a segunda economia do país nos últimos dados regionais do PIB divulgados pelo IBGE, mas corre o risco de perder a posição por causa da desindustrialização provocada pela excessiva dependência do petróleo e pela má gestão dos recursos públicos.

Dados da Confederação Nacional da Indústria apontam que, entre 2006 e 2016, o estado perdeu sete pontos percentuais de participação no PIB industrial brasileiro, caindo de 15,6% para 8,6%. Precisamos reverter com urgência essa trajetória de perda.

A corrupção é tóxica para a atividade econômica. Isso explica por que um estado com mercado consumidor tão grande e qualificado, que dispõe de um capital humano sofisticado, tem perdido a oportunidade de avanços em infraestrutura para unidades da Federação cujo tamanho da economia é muito mais modesto.

Nos últimos anos, as ações de desenvolvimento econômico do estado estiveram focadas em grandes eventos, cujo pano de fundo era a corrupção generalizada.

Isso se refletiu em aumento exponencial da dívida pública, gerando uma catástrofe financeira que não deixou escolha senão a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, que terá que ser revisado para que sejam reduzidos seus efeitos nefastos sobre os próximos governos.

Estamos trazendo de volta ao estado a moralidade na atividade do Executivo e do Legislativo, para honrar a escolha da população que exigiu a renovação nas eleições de 2018. Queremos garantir segurança e estabilidade para os investidores.

Implantamos, por exemplo, um programa rigoroso de compliance para todos os secretários.

A renovação ocorre também na Alerj, que emite sinais claros de retomada da normalidade democrática e também na moralidade do processo legislativo.

Tudo isso certamente faz do Rio de Janeiro um foco de atração para o mercado produtivo, o que vai garantir investimentos não apenas no setor de óleo e gás, mas também na agricultura e no turismo.

O segmento turístico, que sempre foi gerido de forma equivocada em um estado com tantos atrativos, agora será o nosso novo petróleo, com atração de turistas brasileiros e estrangeiros, gerando emprego e renda.

O cenário da Firjan para 2019 aponta uma expansão de 2,9% para a economia do estado, podendo chegar a 3,9%. Se confirmado, o resultado será bastante superior ao registrado em 2018 --que, segundo projeções da mesma entidade, deve ter registrado um crescimento do PIB no estado de apenas 1,2%.

A diversificação que vamos empreender na nossa economia não impedirá, entretanto, que o setor de óleo e gás ainda lidere o crescimento previsto para o estado do Rio nos próximos anos.

A Petrobras, cuja lisura na administração foi retomada desde a nomeação de Pedro Parente, já ingressou em novo ciclo virtuoso. O plano de negócios da empresa, cuja maior parte das atividades se concentra em nosso estado, aponta investimentos acima de R$ 300 bilhões nos próximos anos cinco anos.

A expansão dos investimentos do setor de óleo e gás vai gerar grandes oportunidades de desenvolvimento. Vamos usar com responsabilidade os royalties do petróleo, que serão elevados nos próximos anos, para impedir que novamente sejam espoliados com políticas irresponsáveis na utilização desses recursos.

Além do destino já definido dessas receitas para o Rioprevidência, queremos também utilizá-las para infraestrutura e logística, hoje sucateadas de forma vergonhosa e impedindo o desenvolvimento econômico que é o destino do estado do Rio.

A confiança voltou.

Wilson Witzel

Governador do Rio de Janeiro (PSC) e juiz federal por 17 anos

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