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Rubens Figueiredo

Bares e restaurantes: um caminho durante e após a pandemia

Associações precisam atuar de forma ampla, reduzindo custos e fomentando parcerias

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Rubens Figueiredo

Presidente da Abra (Associação Brasileira de Defesa dos Empreendedores do ramo de nutrição, alimentação e restauração)

É evidente “que nada será como antes”, como na música de Ivan Lins. A pandemia mudou e ainda vai mudar muitos costumes e hábitos da sociedade. Não sabemos quantas ondas ainda estão por vir e quais variantes podem ainda aparecer. Mas sabemos que os empreendedores —estes que estão na linha de frente da economia, pagam impostos e se esfolam para atender às exigências burocráticas— terão que continuar a gerar empregos para que as pessoas possam pagar suas contas, educar seus filhos e olhar para o futuro.

Neste cenário, passou a ser muito importante a união dos empreendedores através de associações, para que grupos do mesmo ramo de atividade possam enfrentar o que vem por aí. Tudo é muito novo. E empreendedores são os que estão agora no mercado e os que por necessidade de sobrevivência financeira acabarão entrando em sua primeira viagem empresarial. Os novatos na área vão precisar, mais do que nunca, de orientação, estímulo e todo suporte possível.


As associações existentes e as que deverão ser criadas terão o perfil de um shopping center. Dentro de um shopping, todos unidos trabalham e elaboram seus planos com o objetivo de prosperar seus negócios, criar empregos e gerar lucro, mantendo o centro de compras aberto, atrativo e com bons consumidores. Uma associação de empresários nos tempos da pós-pandemia terá meta e objetivos semelhantes. Um dos setores que mais sofreram durante a pandemia foi o de bares e restaurantes, que ficou mais de um ano agonizando. Quase 50% dos pequenos estabelecimentos fecharam as portas.

No meio dessa crise sem precedentes, uma campanha inédita e bem-sucedida, a “Renova Vale-Refeição”, fez surgir até uma associação de defesa dos empreendedores de pequenos e médios restaurantes.


No Brasil, as associações normalmente existem para organizar as demandas diante de um Estado que taxa, emperra, trava, limita e dificulta. Mas uma associação tem que, nos dias de hoje e também após a pandemia, fazer mais do que isso. Precisa sim atuar de forma ampla, buscando diminuir o custo de funcionamento das empresas no dia a dia, através do fortalecimento das ações cooperadas, como acordos de compras coletivas, uso intensivo de tecnologia e campanhas para baixar as taxas de administração de cartões de crédito e de vales-refeição.

Uma associação tem a obrigação de ser uma facilitadora de negócios, uma incubadora virtual, criando condições para que os pequenos empreendedores do setor de bares e restaurantes, hoje dispersos e sem identidade, possam criar mecanismos modernos de compartilhamento de experiência e busca de soluções comuns dentro dos parâmetros de mercado.

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