Gratidão pelo espaço. Venho aqui defender o movimento pela conscientização e ressignificação de determinados hábitos linguísticos que merecem ser mais bem contextualizados. Nossa comunicação, cheia de vícios e modismos, demanda uma ação integrada para juntos combatermos conceitos rasos, que colocam nossa língua num lugar de vulnerabilidade. Se otimizarmos nossa comunicação, tão afetada pela customização —com vários neologismos e estrangeirismos—, talvez consigamos nos expressar com mais assertividade e ser mais autênticos nas interações interpessoais.
Eis a arte de falar sem dizer nada, de reproduzir vazios, de tirar a alma das palavras. Aos haters desses clichês que, como eu, se arrepiam com o boom de novas expressões, resta o exercício de controlar os nervos e praticar a tal antifragilidade, o hype do momento.
Mas vamos combinar (essa é uma das piores), não é fácil não se deixar contaminar pelo linguajar do nosso entorno, mesmo porque somos seres que buscamos um pertencimento, de modo que não dá para ficar de fora. Só mesmo ações disruptivas podem romper com esse modernismo sem rastro, despertar nosso Mindset para o real reconhecimento das expressões do nosso psiquismo e, enfim, resgatar a beleza da comunicação. É hora de estartar um Zeitgeist de uma linguagem raiz.
Alguns homens provavelmente podem explicar melhor esse fenômeno, através de alguma epifania, mas a forma escrita me protege de eventuais mansplainings ou manterruptings. Vale dizer, agora sem nenhuma ironia, que não desisto da luta por um mundo inclusivo e sustentável, para que todos sejam respeitados, incluindo todas, todes, todxs e tod@s.
E a você, que teve resiliência para ler este texto —um blend de fórmulas e maneirismos— sem me cancelar, sofrer um burnout ou ter um ataque de nervos, meus parabéns: suas competências socioemocionais estão afiadíssimas.
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